Acorianos
Recebi por email. É um pouco fantasiado, mas, quanto a mim, não deixa de ter a sua piada!...Retribuo os votos de Boas Férias, a quem as tiver por agora e, acrescento, os de um Bom Trabalho, a quem ficar a trabalhar.
"E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando as vidas dos insectos..." Mário Quintana
quarta-feira, julho 27, 2005
terça-feira, julho 26, 2005
quinta-feira, julho 21, 2005
Tordesilhas, versão Macarronésia
Mapa "De Cantino"
Decidem leve, levemente,
Como quem decidi por mim.
Será autonomia, verdadeiramente?
Autonomia não é certamente
E o colonialismo é que age assim.
Grande Prémio de Romance APE
Vasco Graça Moura recebeu ontem o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores (APE) com o romance Por Detrás da Magnólia.
"(...)Este romance homenageia, como referiu Vasco Graça Moura, Camilo e Aquilino. De acordo com o escritor, é "no plano da representação da realidade que a ficção pode ter lugar". Interessaram-lhe, por outro lado, uma grande clareza na exposição, a rapidez, a economia na narração, bem como a procura da simplicidade de estilo.
O também poeta, tradutor, ensaísta, polemista, advogado e político fez ainda questão de sublinhar que desejou "fazer um trabalho de escrita muito atento à língua portuguesa", cuja valorização, tão descurada, é necessária "O meu objectivo no que escrevo, sempre frustrado mas sempre reiterado, como o esforço de Sísifo, é o de que cada texto seja uma plena declaração de amor à minha língua."
Fonte: DN
Bold meu.
"(...)Este romance homenageia, como referiu Vasco Graça Moura, Camilo e Aquilino. De acordo com o escritor, é "no plano da representação da realidade que a ficção pode ter lugar". Interessaram-lhe, por outro lado, uma grande clareza na exposição, a rapidez, a economia na narração, bem como a procura da simplicidade de estilo.
O também poeta, tradutor, ensaísta, polemista, advogado e político fez ainda questão de sublinhar que desejou "fazer um trabalho de escrita muito atento à língua portuguesa", cuja valorização, tão descurada, é necessária "O meu objectivo no que escrevo, sempre frustrado mas sempre reiterado, como o esforço de Sísifo, é o de que cada texto seja uma plena declaração de amor à minha língua."
Fonte: DN
Bold meu.
O Verão chegou!
Ontem, depois de atravessar mares, chuvas, brumas e mesmo a noite, o furacão da Bahia chegou e encheu de sol Ponta Delgada e, apesar da poeira que se levantou, brilhou, e queimou, o corpo e alma de cada um dos cerca de dez mil açor-brasileiros que decidiram tirar o pé do chão.
Quem dissi quio Braziu é póbri!
Aquela gente, que é gente que cheira a gente, mexe que mexe, se não mexe dança que dança, se não dança pula que pula, se não pula canta que canta. E mexendo, dançando, pulando e cantando, encanta e vive a felicidade possível, ao seu exponente máximo.
És tão boa! És tão boa!
És tão boa! És tão boa!
Quem dissi quio Braziu é póbri!
Aquela gente, que é gente que cheira a gente, mexe que mexe, se não mexe dança que dança, se não dança pula que pula, se não pula canta que canta. E mexendo, dançando, pulando e cantando, encanta e vive a felicidade possível, ao seu exponente máximo.
És tão boa! És tão boa!
És tão boa! És tão boa!
Poema X
Poema X
Teu nome,
Teu disfarce,
Tua ausência do círculo familiar,
Tua viagem,
Tua febre recusa e anuência
Teu estar connosco e em tanto à nossa margem,
Teu corpo,
Teu sentido,
Tua luta,
Teus olhos fundos,
Teu perfil estranho.
Teu quarto,
Teu refúgio, cela e gruta
Teu lado fugidio,
Teu amanho
Teu riso inesperado
Teu mistério
Teu sereno dormir
Tua lembrança
Teu não acreditar no quinto império
Teu vivo exemplo
Tua confiança
Teu sílex interior
Teu rosto sério
Teu modo de ensinar-nos a esperança.
Daniel Filipe
( CD 25 de Abril 30 anos, Canções de Luta e Liberdade, Uma Crónica Musical dos Anos da Resistência)
Teu nome,
Teu disfarce,
Tua ausência do círculo familiar,
Tua viagem,
Tua febre recusa e anuência
Teu estar connosco e em tanto à nossa margem,
Teu corpo,
Teu sentido,
Tua luta,
Teus olhos fundos,
Teu perfil estranho.
Teu quarto,
Teu refúgio, cela e gruta
Teu lado fugidio,
Teu amanho
Teu riso inesperado
Teu mistério
Teu sereno dormir
Tua lembrança
Teu não acreditar no quinto império
Teu vivo exemplo
Tua confiança
Teu sílex interior
Teu rosto sério
Teu modo de ensinar-nos a esperança.
Daniel Filipe
( CD 25 de Abril 30 anos, Canções de Luta e Liberdade, Uma Crónica Musical dos Anos da Resistência)
Poema para ouvir
Daniel Filipe
"Pelo silêncio na planície, pela tranquilidade em tua voz, pelos teus olhos verdes estelares, pelo teu corpo líquido de bruma,
pelo direito de seguir de mãos dadas na solidão noturna: lutaremos meu amor (...)"
Daniel Filipe, " Canto e Lamentação na Cidade Ocupada VI", in A invenção do Amor e outros Poemas
"Pelo silêncio na planície, pela tranquilidade em tua voz, pelos teus olhos verdes estelares, pelo teu corpo líquido de bruma,
pelo direito de seguir de mãos dadas na solidão noturna: lutaremos meu amor (...)"
Daniel Filipe, " Canto e Lamentação na Cidade Ocupada VI", in A invenção do Amor e outros Poemas
quarta-feira, julho 20, 2005
Santo Amaro
Sto Amaro
Foto roubada daqui
Daqui a menos de uma semana: estarei aqui, onde o mar arde mais do que em qualquer outro lugar...Hoje, não me ocorre dizer mais nada. Amanhã quem sabe...
Foto roubada daqui
Daqui a menos de uma semana: estarei aqui, onde o mar arde mais do que em qualquer outro lugar...Hoje, não me ocorre dizer mais nada. Amanhã quem sabe...
AFINAL NÃO HOUVE ARRASTÃO.
AFINAL NÃO HOUVE ARRASTÃO...
AFINAL NÃO HOUVE ARRASTÃO???
AFINAL NÃO HOUVE ARRASTÃO!!!
AFINAL NÃO HOUVE ARRASTÃO???
AFINAL NÃO HOUVE ARRASTÃO!!!
VELHA
terça-feira, julho 19, 2005
Ainda as Festas do Divino Espírito Santo
Comecei por escrever um comentário ao texto do amigo João Nuno, mas como ficou enorme resolvi fazer um post.
Em tom avisado e nobre ( sim, porque erguida a bandeira incolor do D.E.S. devo dizer que sim, que o texto, está bem manuseado, enfim...bem escrito e, não me surpreende, bem tomado à forma, ou seja formatado)...mas continuemos para também eu, não perder o gosto à letra e, sem ser advogada, mas puxando o gosto à pena que, felizmente, herdei do meu avô materno, quero começar por perguntar ao amigo João Nuno, como eram essas festas do Divino Espírito Santo há duas décadas em Ponta Delgada? Já que afirmas que à Câmara Municipal: "(...) restava a obrigação de ser intérprete de uma vontade comunitária que estava latente na população do concelho desde que, há cerca de duas décadas, haviam cessado as Festas do Divino em Ponta Delgada. (...)"
Conta-me...Como é que eram essas festas do Divino Espírito Santo?
Por outro lado,não entendo a semelhança encontrada entre o "império dos Nobres" na ilha do Faial ( império esse que também se realizava em Ponta Delgada, na freguesia de São Pedro) e as Festas do Divino Espírito Santo da Câmara de Ponta Delgada?
É que se falasses das festas do Divino Espírito Santo da Rua do Passal, da Arquinha, da Rua João do Rêgo de Cima ou da Rua da Alegria, por exemplo, essas sim, realizadas há duas décadas ( ou mais); até podíamos chegar à conclusão que, de facto, são as nossas tradicionais festas do Divino Espírito Santo ( aqui e no Faial), mas, agora, comparar o "império dos Nobres" com as Festas da Câmara? Tem paciência...
As festas do Divino Espírito Santo da CMPDL enfermam de um afã irreal. Por isso, critico-as. Com o direito que me assiste, enquanto cidadã deste concelho.
Não querendo "instituir-me" como mais uma "voz dissonante". Mas, apenas, como Pessoa capaz de "pensar por conta própria" (Hamman). Mais, devo dizer-te, que as críticas (legítimas) do Bispo de Angra e das Ilhas dos Açores não te dão razão para o apelidares de " vigário geral da diocese de Angra do Heroísmo". Mais não seja, porque a pessoa em questão é o representante máximo da Igreja Católica na Região Autónoma dos Açores.
Não me vou alongar muito mais, até porque não quero esgotar este assunto, até ao fim do pavio, mas não posso terminar sem te perguntar, ainda, qual é a semelhança que encontras entre a Côroa Grande (para não dizer enorme) colocada nas Portas da Cidade e as Sopas do Divino Espírito Santo oferecidas ao Sr. Presidente da República por ocasião das comemorações do Dia de Portugal ou as Sopas oferecidas aos Marienses no Dia dos Açores?
Nenhuma. Claro que nenhuma. Porque aquela Côroa não tem significado Tradicional nenhum. Aquela Côroa não expressa o que quer que seja da nossa Cultura, nem simbólica nem institucionalmente. Aquela Côroa é tão somente, a exibição do tal "afã irreal" de que te falava anteriormente, fruto de uma necessidade atroz de mostrar muito às pessoas, símbolo de onde irradia a farsante atitude de que são "cheias" estas Festas do Divino Espirito Santo celebradas na Cidade de Ponta Delgada, pela Câmara Municipal, simbolicamente instituídas como o pão e o circo de uma política, à qual, eu não tenho que dizer "amen".
A oferta das Sopas do Divino Espírito Santo ao Sr. Presidente da República, em dia de Comemoração do Dia de Portugal( ou, em Santa Maria, no Dia dos Açores) é, pura e simplesmente, um momento simbólico, culturalmente enraízado em tradições açorianas. Típicamente nosso. Uma forma de obsequiar as autoridades, no primeiro caso, e as pessoas, no segundo, com uma coisa que é muito nossa. Sem comparação possível. Dir-me-ás que não. Já estou à espera. Mas lamento João Nuno, como poderás entender, mesmo debaixo da bandeira incolor do D.E.S., que eu Respeito, mais do que tu possas imaginar, eu não concordo com estas Festas da CMPDL. Não concordo com o fogueteiro instalado à roda da celebração de umas Festas que me habituei a ver pequenas, celebradas num espírito de união e fraternidade, de lealdade e de fidelidade às Tradições dos Açores.
Atenta contudo, que esta saudável diversidade de opiniões não faz de mim uma herége, desviada mecanicamente das Festas da Câmara. Não. Nem tão pouco estas minhas palavras devem ser entendidas como querendo eu acabar com as Festas.
Eu gosto das Festas do Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada.
Post Scriptum 1: Bem sei que não comparaste a Côroa com a oferta das Sopas. Mas não é a Côroa parte da Festa da CMPDL?
Post Scriptum 2: Tradicionalmente, em Ponta Delgada e, na ilha de São Miguel, não havia "Sopas" do Espírito Santo havia o "Jantar" do Espírito Santo.
Porquê "Sopas"? Porque não organiza a Câmara um "Jantar" do Espírito Santo?
Em tom avisado e nobre ( sim, porque erguida a bandeira incolor do D.E.S. devo dizer que sim, que o texto, está bem manuseado, enfim...bem escrito e, não me surpreende, bem tomado à forma, ou seja formatado)...mas continuemos para também eu, não perder o gosto à letra e, sem ser advogada, mas puxando o gosto à pena que, felizmente, herdei do meu avô materno, quero começar por perguntar ao amigo João Nuno, como eram essas festas do Divino Espírito Santo há duas décadas em Ponta Delgada? Já que afirmas que à Câmara Municipal: "(...) restava a obrigação de ser intérprete de uma vontade comunitária que estava latente na população do concelho desde que, há cerca de duas décadas, haviam cessado as Festas do Divino em Ponta Delgada. (...)"
Conta-me...Como é que eram essas festas do Divino Espírito Santo?
Por outro lado,não entendo a semelhança encontrada entre o "império dos Nobres" na ilha do Faial ( império esse que também se realizava em Ponta Delgada, na freguesia de São Pedro) e as Festas do Divino Espírito Santo da Câmara de Ponta Delgada?
É que se falasses das festas do Divino Espírito Santo da Rua do Passal, da Arquinha, da Rua João do Rêgo de Cima ou da Rua da Alegria, por exemplo, essas sim, realizadas há duas décadas ( ou mais); até podíamos chegar à conclusão que, de facto, são as nossas tradicionais festas do Divino Espírito Santo ( aqui e no Faial), mas, agora, comparar o "império dos Nobres" com as Festas da Câmara? Tem paciência...
As festas do Divino Espírito Santo da CMPDL enfermam de um afã irreal. Por isso, critico-as. Com o direito que me assiste, enquanto cidadã deste concelho.
Não querendo "instituir-me" como mais uma "voz dissonante". Mas, apenas, como Pessoa capaz de "pensar por conta própria" (Hamman). Mais, devo dizer-te, que as críticas (legítimas) do Bispo de Angra e das Ilhas dos Açores não te dão razão para o apelidares de " vigário geral da diocese de Angra do Heroísmo". Mais não seja, porque a pessoa em questão é o representante máximo da Igreja Católica na Região Autónoma dos Açores.
Não me vou alongar muito mais, até porque não quero esgotar este assunto, até ao fim do pavio, mas não posso terminar sem te perguntar, ainda, qual é a semelhança que encontras entre a Côroa Grande (para não dizer enorme) colocada nas Portas da Cidade e as Sopas do Divino Espírito Santo oferecidas ao Sr. Presidente da República por ocasião das comemorações do Dia de Portugal ou as Sopas oferecidas aos Marienses no Dia dos Açores?
Nenhuma. Claro que nenhuma. Porque aquela Côroa não tem significado Tradicional nenhum. Aquela Côroa não expressa o que quer que seja da nossa Cultura, nem simbólica nem institucionalmente. Aquela Côroa é tão somente, a exibição do tal "afã irreal" de que te falava anteriormente, fruto de uma necessidade atroz de mostrar muito às pessoas, símbolo de onde irradia a farsante atitude de que são "cheias" estas Festas do Divino Espirito Santo celebradas na Cidade de Ponta Delgada, pela Câmara Municipal, simbolicamente instituídas como o pão e o circo de uma política, à qual, eu não tenho que dizer "amen".
A oferta das Sopas do Divino Espírito Santo ao Sr. Presidente da República, em dia de Comemoração do Dia de Portugal( ou, em Santa Maria, no Dia dos Açores) é, pura e simplesmente, um momento simbólico, culturalmente enraízado em tradições açorianas. Típicamente nosso. Uma forma de obsequiar as autoridades, no primeiro caso, e as pessoas, no segundo, com uma coisa que é muito nossa. Sem comparação possível. Dir-me-ás que não. Já estou à espera. Mas lamento João Nuno, como poderás entender, mesmo debaixo da bandeira incolor do D.E.S., que eu Respeito, mais do que tu possas imaginar, eu não concordo com estas Festas da CMPDL. Não concordo com o fogueteiro instalado à roda da celebração de umas Festas que me habituei a ver pequenas, celebradas num espírito de união e fraternidade, de lealdade e de fidelidade às Tradições dos Açores.
Atenta contudo, que esta saudável diversidade de opiniões não faz de mim uma herége, desviada mecanicamente das Festas da Câmara. Não. Nem tão pouco estas minhas palavras devem ser entendidas como querendo eu acabar com as Festas.
Eu gosto das Festas do Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada.
Post Scriptum 1: Bem sei que não comparaste a Côroa com a oferta das Sopas. Mas não é a Côroa parte da Festa da CMPDL?
Post Scriptum 2: Tradicionalmente, em Ponta Delgada e, na ilha de São Miguel, não havia "Sopas" do Espírito Santo havia o "Jantar" do Espírito Santo.
Porquê "Sopas"? Porque não organiza a Câmara um "Jantar" do Espírito Santo?
domingo, julho 17, 2005
sábado, julho 16, 2005
Prémio ZECA AFONSO 2005
a lua nasceu
Maria sorriu
a noite acendeu seus sinais
o barco chegou
Maria cantou
serestas, cantigas d´amor
a banda tocou
o vinho acendeu
seus risos, seus ritos tão sensuais
Maria bailou
e fez-se Mulher
na noite de espanto e fulgor
o dia nasceu
Maria sentiu
presságios no seu madrugar
o sonho morreu
Maria calou
um medo, um frio, uma dor
a festa acabou
o barco partiu
nas ondas, nas rondas do alto mar
Maria chorou
mil vezes morreu
nesta canção em tom menor.
Maria ( canção em tom menor), in Torna Viagem, CD gravado entre Março e Novembro de 2003.
Confirmei há pouco o que já sabia (mas cheguei a duvidar se sabia, se tinha ouvido bem...) o Zeca Medeiros ganhou o prémio Zeca Afonso 2005. Ouvi há bocadinho António Sousa afirmá-lo no programa que faz ao Sábado, onde esteve presente o Zeca, precisamente, por causa, da atribuição deste prémio. Não há, por isso, mais razão para dúvidas. Zeca Medeiros ganhou. Fico contente. Como me parece óbvio, para quem acompanha este blog: nunca escondi a admiração que tenho por este poeta das Cinefílias e outras Incertezas. No ouvido, uma música familiar: "Zeca Medeiros you´re one of my heroes", cantada em tempos pelos meus irmãos, numa música, que ambos inventaram. E não é que é verdade.
Tristes Navios que passam na hora da nossa vida, na hora da nossa morte disse o Zeca 5ª feira à noite no Teatro, "dizendo" Emanuel Félix. O Zeca que me habituei a conhecer no meio da Gente [ feliz com Lágrimas]; no Feiticeiro do Vento ou na Balada do Atlântico. O mesmo Zeca que falando da gente chegou ao Brasil e a Moçambique. O Zeca dos Xailes Negros, o Zeca do Mau Tempo no Canal.
O Zeca, cantador.
O Zeca Medeiros. À terceira foi de vez. Ganhou o prémio Zeca Afonso. É verdade. Apesar de não haver nenhuma notícia sobre isso: ganhou. E também nós devemos ficar contentes com ( ou por ) isso. Goste-se ou não.
!
Por conselho deste amigo cheguei a este belo texto.
Para degustar no fim de semana.
Bom fim de semana.
Para degustar no fim de semana.
Bom fim de semana.
sexta-feira, julho 15, 2005
Torna Viagem
Zeca Medeiros
"(...) Oh mãe, acende uma candeia,
que tenho medo desta noite tão escura.
Oh mãe, acende uma candeia,
que tenho medo do assombro da lonjura. (...)"
O Zeca Medeiros encheu o Salão Nobre do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada. Cantou e encantou uma plateia de cidadãos do mundo, que, entre um copo e dois cigarros, um sorriso e muitos aplausos, se tornaram viajantes das músicas lindíssimas ( salvo melhor opinião). Foi, como sempre é, um verdadeiro momento de Poesia. Já Octavio Paz dizia e bem ( também salvo melhor opinião)que a Poesia tem a sua própria música: a palavra. E as "luas" do Zeca, hoje, ainda hoje e, quem sabe, amanhã sorrirão sempre nas "Criptomérias" dos Açores. Tornei na Viagem ao encontro do Zeca Medeiros e para não variar adorei.
"(...) Oh mãe, acende uma candeia,
que tenho medo desta noite tão escura.
Oh mãe, acende uma candeia,
que tenho medo do assombro da lonjura. (...)"
O Zeca Medeiros encheu o Salão Nobre do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada. Cantou e encantou uma plateia de cidadãos do mundo, que, entre um copo e dois cigarros, um sorriso e muitos aplausos, se tornaram viajantes das músicas lindíssimas ( salvo melhor opinião). Foi, como sempre é, um verdadeiro momento de Poesia. Já Octavio Paz dizia e bem ( também salvo melhor opinião)que a Poesia tem a sua própria música: a palavra. E as "luas" do Zeca, hoje, ainda hoje e, quem sabe, amanhã sorrirão sempre nas "Criptomérias" dos Açores. Tornei na Viagem ao encontro do Zeca Medeiros e para não variar adorei.
quinta-feira, julho 14, 2005
Qual a diferença?
Desculpem insistir neste assunto mas, qual a diferença entre o acto terrorista de Novembro de 74 em que 21 pessoas foram assassinadas em Birmingham em dois pubs, por arrebentamento de bombas, supostamente plantadas por cidadãos do Reino Unido, nascidos no Reino Unido, afectos à IRA e o acto terrorista de Julho de 05 em que mais de 50 pessoas foram assassinadas em Londres, em transportes públicos, por arrebentamento de bombas supostamente plantadas por cidadãos do Reino Unido, nascidos no Reino Unido afectos à Al-Queda?
A religião? A origem geográfica da sua genética? A superioridade civilizacional? A superioridade moral?
NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! São absolutamente iguais.
A religião? A origem geográfica da sua genética? A superioridade civilizacional? A superioridade moral?
NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! São absolutamente iguais.
quarta-feira, julho 13, 2005
E Ela Dança
"Às vezes, quando a casa estava adormecida à noite, ela dançava pela sala fora, tal qual como escreveu ("bailarina fui mas nunca bailei"). Às vezes, convencia-se que havia ladrões em casa e acordava-me do sono para espreitar debaixo da minha cama, e às vezes havia ladrões a sério, com cara de assassinos e crachá da PIDE, que chegavam pela alvorada do dia, mas verdadeiramente ela não tinha medo dos ladrões nem dos esbirros do "velho abutre": só tinha medo de fantasmas.
Naquela casa, aprendemos cedo duas coisas sobre a poesia. A primeira, era que os poetas eram todos uns personagens extraordinários, que apareciam a horas imprevistas e diziam coisas surpreendentes. De todos, o mais fantástico era o Ruy Cinatti, que nos convenceu que era o nosso irmão mais velho, regressado de outra vida em Timor e que esteve à beira de conseguir transformar-nos em guerrilheiros contra a precária disciplina familiar. Vinham e iam constantemente poetas tristes ou alegres, cerimoniosos ou tumultuosos e até um, o Ruy Belo, que me levava à Luz ver o Benfica e jogava futebol comigo no jardim.
A segunda coisa sobre poesia que aprendemos é que a poesia é para ser dita e para ser escutada: é oral, não cabe nos livros. Eu não sabia nada de aritmética, nem de botânica ou mineralogia mas, aos dez anos, já tinha aprendido, de ouvido, a recitar sonetos de Shakespeare em inglês do século XVI, ou o "Erl König", do Goethe, em alemão. E quando ela trouxe para casa um disco com poemas do Lorca recitados em espanhol pela Germaine Montero, ouvi-o tantas, tantas vezes, que fiquei a saber de cor o imenso "Llanto por Ignácio Sanchez Mejia". À mesa, entre a sopa e o prato principal, dentro de um automóvel a caminho do sul ou na missa das sete da tarde na Igreja da Graça, de repente ela começava a recitar poesia com a mesma naturalidade com que os outros falavam de coisas triviais ou respondiam em latim ao "orate, frates!" do padre. Às vezes, naquele terror que as crianças têm que os pais pareçam estranhos em público, apetecia enfiarmo-nos pelo chão abaixo quando, à mesa de um café no Chiado, ou numa loja, em plenas compras de Natal, ou caminhando connosco pela rua de mãos dadas (por vezes, distraída, perdia-nos), ela começava a recitar poesia em voz alta, como se o mundo inteiro à sua volta lhe fosse de repente absolutamente alheio. Um dia, no eléctrico a caminho de casa, ela fixou-se num letreiro, por cima de uma janela, que rezava assim: "se alguma janela o incomoda, peça ao condutor que a feche." E então, no meio daquele silêncio envergonhado dos passageiros,. que fingem não ver e não se ouvir uns aos outros, ecoou a voz dela, clara e silabada, recitando um poema: "se alguma janela o incomoda, peça ao condutor que a feche e que nunca mais a abra."
A mim, todavia, ensinou-me o mais importante de tudo: ensinou-me a olhar. Ensinou-me a olhar para as coisas e para as pessoas, ensinou-me a olhar para o tempo, para a noite, para as manhãs. Ensinou-me a abrir os olhos no mar, debaixo de água, para perceber a consistência das rochas, das algas, da areia, de cada gota de água. Ensinou-me a olhar longamente, eternamente, cada pedra da Piazza Navone, em Roma, sentados num café, escutando o silêncio da passagem do tempo. Fez-me mergulhador e viajante, ensinou-me que só o olhar não mente e que todo o real é verdadeiro. Quem ler com atenção, verá que esta é a moral que atravessa toda a sua escrita.
A outra lição decisiva foi a da liberdade. Não só a liberdade física, não só a liberdade na luta pela justiça, "num sítio tão imperfeito como o mundo", mas ainda a liberdade na busca de um caminho próprio onde as coisas tenham uma ética e façam sentido e, acima de tudo, a liberdade da nossa própria solidão. Prémios, condecorações, homenagens, são-lhe de tal forma alheios que ninguém mais o entende. Dêem-lhe, sim, silêncio e tempo, manhãs como a "manhã da praça de Lagos" e noites com "jardins invadidos de luar". E ela dançará. Ao longo das sílabas dos poemas, como dançava na minha infância."
in, Jornal Público, 12 de Junho de 1999
Miguel Sousa Tavares
( Repito o texto. Há um ano "postei-o" no Ardemar. Faço-o porque sim!)
terça-feira, julho 12, 2005
Sei um Ninho...
hastear, com coragem e orgulho, a superioridade da nossa civilização Ocidental
O João Nuno Almeida e Sousa escreve no blog :ilhas, em relação aos ataques terroristas, especificamente aqueles com ligações ao médio oriente, que Não basta condenarmos o terrorismo é também necessário hastear, com coragem e orgulho, a superioridade da nossa civilização Ocidental. Ao invés, teimamos em acreditar nesciamente na bondade do «relativismo cultural» e assistimos a fervorosos, e por vezes obscenos, actos de fé contra a Islamofobia !
Aonde reside a superioridade da nossa civilização Ocidental?
Na duas guerras fratricidas que a geração dos nossos avós europeus testemunhou?
No holocausto de judeus, russos, polacos, homossexuais, etc., preconizado, ainda há tão pouco tempo, pelos alemães, e ainda ontem, a muçulmanos europeus, por "jugoslavos"?
No terrorismo indiscriminado das duas bombas atómicas cuspidas sobre o Japão, há só 60 anos?
Na criação e no apoio a ditaduras e a estados terroristas, nas guerras coloniais e nos apartheids americano e da África do Sul em que participaram a geração dos nossos pais?
No controlo económico e no lucro obtido sobre a fome e sobre algumas das doenças que mais matam os não ocidentais.
Claro que não.
Eu sei que uma balança tem sempre um peso e um contra peso. As civilizações, a nossa como as outras, estão, cada uma, distribuídas pelos dois pratos da balança.
sexta-feira, julho 08, 2005
New York, Bagdad, Madrid, London.
REPITO!
(...)
Nós deixamos que decidam por nós que rosto têm estes homens e mulheres. Dão-nos caras de líderes e siglas para odiarmos, mas na realidade são Juans e Carmens, Muhameds e Fátimas, que cometem estas atrocidades. São filhos, mães, irmãos, vizinhos, gente com sonhos de vida, de família, de cidadania. O que os leva a ver a solução, a saída para o seu desespero existencial, num acto que é um fim, sem princípio.
Não podemos cair no mesmo erro que lhes facilita esta carnificina. Para eles nós somos brancos, europeus, cristãos, americanos, espanhóis, anti-árabes. Assim é mais fácil matar. Mas isso não é verdade. Quem morre são também Juans e Carmens, Muhameds e Fátimas. São filhos, mães, irmãos, vizinhos, gente com sonhos de vida, de família, de cidadania. Afinal somos todos iguais.
Eu gostaria de imaginar que vos poderia garantir que, ultrapassa totalmente o meu comportamento existencial, eu ter a capacidade de cometer tal acto. Que nem que a minha tribo sofresse um holocausto, nem que destruíssem a minha aldeia, assassinassem os meus progenitores, violassem as mulheres da minha vida, tirassem o pão da vida da boca esfomeada dos meus filhos, me deixassem sem razão de vida que não a vingança, que eu nunca, nunca …
Agora, aqui, protegido de tudo isso, digo que sim, nunca.
in :ilhas, Quinta-feira, Março 11, 2004
(...)
Nós deixamos que decidam por nós que rosto têm estes homens e mulheres. Dão-nos caras de líderes e siglas para odiarmos, mas na realidade são Juans e Carmens, Muhameds e Fátimas, que cometem estas atrocidades. São filhos, mães, irmãos, vizinhos, gente com sonhos de vida, de família, de cidadania. O que os leva a ver a solução, a saída para o seu desespero existencial, num acto que é um fim, sem princípio.
Não podemos cair no mesmo erro que lhes facilita esta carnificina. Para eles nós somos brancos, europeus, cristãos, americanos, espanhóis, anti-árabes. Assim é mais fácil matar. Mas isso não é verdade. Quem morre são também Juans e Carmens, Muhameds e Fátimas. São filhos, mães, irmãos, vizinhos, gente com sonhos de vida, de família, de cidadania. Afinal somos todos iguais.
Eu gostaria de imaginar que vos poderia garantir que, ultrapassa totalmente o meu comportamento existencial, eu ter a capacidade de cometer tal acto. Que nem que a minha tribo sofresse um holocausto, nem que destruíssem a minha aldeia, assassinassem os meus progenitores, violassem as mulheres da minha vida, tirassem o pão da vida da boca esfomeada dos meus filhos, me deixassem sem razão de vida que não a vingança, que eu nunca, nunca …
Agora, aqui, protegido de tudo isso, digo que sim, nunca.
in :ilhas, Quinta-feira, Março 11, 2004
Convite
JS/A
Forum Pensar Ponta Delgada
Hoje, dia 8 de Julho, às 21h30, no Hotel São Pedro, em Ponta Delgada
Tema: Desenvolvimento Local
Convidados: Paulo Casaca e Pedro Arruda
quinta-feira, julho 07, 2005
Espírito (às pontinhas) Santo
"(...)As expressões culturais açorianas não são uma riqueza confinada às respectivas comunidades no Arquipélago e no Mundo. Constituem, antes, um valor universal que consagra e legitima a tradição como ponto fulcral da preservação de memórias e raízes, ou seja, de identidade."“Caligrafias Açorianas”, Suplemento do JL,nº 795,21 de Março de 2001 Ano XXI.
Encontrei a frase que procurava para melhor exprimir a minha estupefacção diante da enorme coroa de Espírito Santo, que a Câmara de Ponta Delgada plantou nas Portas da Cidade.
Uma coroa que, à semelhança do ano passado, se prevê seja iluminada.
Será que gira e toca música? Não sei, mas desconfio. Provavelmente, dada a adulteração de uma crença que respeito, de uma Devoção herdada há séculos, tocará o hino em versão mais mexida, pop, quiçá, mais alto, para parecer grande, para parecer enorme…para parecer que é muito. Ou Tudo. Haja (santa) paciência.
Pergunta legítima:
Será que o Pontinhas vai lá estar? Essa figura cultural. Essa imagem identitária da cidade de Ponta Delgada ( herói ou heroína das novas gerações?) distribuindo pastilhas elásticas e gomas coloridas aos mais pequenos.
Nota: Fotografia retirada do Portal Açores
quarta-feira, julho 06, 2005
terça-feira, julho 05, 2005
Jacques Tati não chegou aos Açores
não há vida moderna,
nem há festa na aldeia,
somos outro público...
nem há festa na aldeia,
somos outro público...
Happy birthday America the beautifull, I love you
Música para a festa de anos da América e para os seus convidados do G8
AMERICA IS NOT THE WORLD
America
your head’s too big
because America
your belly’s too big
and I love you
I just wish you’d stay where you is
in America
the land of the Free, they say
and of opportunity
in a Just and a Truthful way
but where the President is never black, female or gay
and until that day
you’ve got nothing to say to me
to help me believe
in America
it brought you the hamburger
well America
you know where you can shove your hamburger
and don’t you wonder
why in Estonia they say
"hey you, you big fat pig"
"you fat pig"
"you fat pig" - ?
Steely-blue eyes
with no love in them
scan the world
and a humourless smile with no warmth within
greets the world
and I
I have got nothing
to offer you
just this hearth deep and true
which you say you don’t need
See with your eyes
touch with your hands – please
know in your soul
hear through your hears – please
for haven’t you me with you now?
and I love you
I love you
I love you
Musica escrita por Morrissey - Whyte
no Album Morrissey, you are the Quarry
AMERICA IS NOT THE WORLD
America
your head’s too big
because America
your belly’s too big
and I love you
I just wish you’d stay where you is
in America
the land of the Free, they say
and of opportunity
in a Just and a Truthful way
but where the President is never black, female or gay
and until that day
you’ve got nothing to say to me
to help me believe
in America
it brought you the hamburger
well America
you know where you can shove your hamburger
and don’t you wonder
why in Estonia they say
"hey you, you big fat pig"
"you fat pig"
"you fat pig" - ?
Steely-blue eyes
with no love in them
scan the world
and a humourless smile with no warmth within
greets the world
and I
I have got nothing
to offer you
just this hearth deep and true
which you say you don’t need
See with your eyes
touch with your hands – please
know in your soul
hear through your hears – please
for haven’t you me with you now?
and I love you
I love you
I love you
Musica escrita por Morrissey - Whyte
no Album Morrissey, you are the Quarry
Estigma
Filhos dum deus selvagem e secreto
E cobertos de lama, caminhamos
Por cidades,
Por nuvens
E desertos.
Ao vento semeamos o que os homens não querem.
Ao vento arremessamos as verdades que doem
E as palavras que ferem.
Da noite que nos gera, e nós amamos,
Só os astros trazemos.
A treva ficou onde
Todos guardamos a certeza oculta
Do que nós não dizemos,
Mas que somos.
J.C.Ary dos Santos
E cobertos de lama, caminhamos
Por cidades,
Por nuvens
E desertos.
Ao vento semeamos o que os homens não querem.
Ao vento arremessamos as verdades que doem
E as palavras que ferem.
Da noite que nos gera, e nós amamos,
Só os astros trazemos.
A treva ficou onde
Todos guardamos a certeza oculta
Do que nós não dizemos,
Mas que somos.
J.C.Ary dos Santos
Xenofobia pura e dura!...
«Portugal já está sujeito à concorrência de países fora da Europa. Os chineses estão a entrar por aí a dentro, os indianos estão a entrar por aí a dentro... e os países de Leste a fazer concorrência a Portugal», justificou Alberto João Jardim.
E, se algumas dúvidas ainda restassem, Jardim fez questão de as desfazer: «Estão a fazer-me sinal de quê?! Estão chineses aí?! É mesmo bom para eles ouvirem que não os quero cá».
Para ouvir!
segunda-feira, julho 04, 2005
domingo, julho 03, 2005
sábado, julho 02, 2005
Leituras
"O Senhor Henri disse: os celtas acreditavam que se tornasses surdo um homem, esse homem ficaria para sempre teu escravo, porque não poderia recolher ensinamentos de mais ninguém.
... mas isto era no tempo em que a escrita ainda não tinha sido inventada. Nem o cinema.
...agora é preciso tornar surdo, cegar, cortar as mãos e os pés de um homem se o quiseres como escravo....é que nos dias que correm aprende-se por todos os lados do corpo.
...o que na minha opinião é uma falta de higiene."Gonçalo M. Tavares,"A Porcaria" in O Senhor Henri, Lisboa, Editorial Caminho, 2003, pp.47
Bom fim-de-semana!
... mas isto era no tempo em que a escrita ainda não tinha sido inventada. Nem o cinema.
...agora é preciso tornar surdo, cegar, cortar as mãos e os pés de um homem se o quiseres como escravo....é que nos dias que correm aprende-se por todos os lados do corpo.
...o que na minha opinião é uma falta de higiene."Gonçalo M. Tavares,"A Porcaria" in O Senhor Henri, Lisboa, Editorial Caminho, 2003, pp.47
Bom fim-de-semana!
Pescas Açorianas ganham batalha em Bruxelas
O Provedor de Justiça Europeu condenou a Comissão Europeia por ter permitido o acesso de embarcações estrangeiras a águas exclusivas açorianas antes da data prevista para a entrada em vigor do novo regulamento de pescas, em Agosto de 2004.
A sentença acontece na sequência de um processo apresentado pelo eurodeputado açoriano Paulo Casaca, que já se congratulou com a decisão, que classificou como sendo “uma lição para a Comissão” e que, sustenta, deverá ser tida em conta em processos ainda em curso movidos pelo Governo Regional dos Açores e associações de pescadores.
Os factos reportam-se ao início de 2004, quando várias embarcações espanholas foram detectadas a pescar entre as 100 e 200 milhas ao largo dos Açores.
Na altura, o Governo Regional dos Açores insurgiu-se, por considerar que o novo regulamento pesqueiro, concluído em Novembro de 2003 e que diminuía de 200 para 100 milhas a zona exclusiva ao largo dos Açores, só entrava em vigor a 1 de Agosto de 2004, a data indicada no documento, e a partir da qual supostamente estariam regulamentadas as condições de acesso. A Espanha, por seu turno, considerava que a zona das 200 milhas exclusivamente açoriana deixara de existir a partir do momento em que foi concluído, em Novembro de 2003, o acordo de pesca para as águas ocidentais, e o mesmo entendimento teve a Comissão, que considerou assim “legal” a presença de barcos espanhóis.
A sentença não tem efeitos legais, até porque se refere a um acontecimento passado, mas segundo Paulo Casaca constitui “um marco histórico” e “um elemento fundamental que deverá ser tido em conta pelas instâncias judicias quando se pronunciarem” sobre os processos entretanto movidos pelo Governo Regional dos Açores contra a Comissão e por associações de pescadores dos Açores contra o Estado português.
A decisão do provedor de justiça europeu, diz Casaca, demonstra ainda que “a Comissão Europeia não pode impunemente brincar com a lei, como tem feito”.
Fonte: Açoriano Oriental de 2 de Julho de 2005
A sentença acontece na sequência de um processo apresentado pelo eurodeputado açoriano Paulo Casaca, que já se congratulou com a decisão, que classificou como sendo “uma lição para a Comissão” e que, sustenta, deverá ser tida em conta em processos ainda em curso movidos pelo Governo Regional dos Açores e associações de pescadores.
Os factos reportam-se ao início de 2004, quando várias embarcações espanholas foram detectadas a pescar entre as 100 e 200 milhas ao largo dos Açores.
Na altura, o Governo Regional dos Açores insurgiu-se, por considerar que o novo regulamento pesqueiro, concluído em Novembro de 2003 e que diminuía de 200 para 100 milhas a zona exclusiva ao largo dos Açores, só entrava em vigor a 1 de Agosto de 2004, a data indicada no documento, e a partir da qual supostamente estariam regulamentadas as condições de acesso. A Espanha, por seu turno, considerava que a zona das 200 milhas exclusivamente açoriana deixara de existir a partir do momento em que foi concluído, em Novembro de 2003, o acordo de pesca para as águas ocidentais, e o mesmo entendimento teve a Comissão, que considerou assim “legal” a presença de barcos espanhóis.
A sentença não tem efeitos legais, até porque se refere a um acontecimento passado, mas segundo Paulo Casaca constitui “um marco histórico” e “um elemento fundamental que deverá ser tido em conta pelas instâncias judicias quando se pronunciarem” sobre os processos entretanto movidos pelo Governo Regional dos Açores contra a Comissão e por associações de pescadores dos Açores contra o Estado português.
A decisão do provedor de justiça europeu, diz Casaca, demonstra ainda que “a Comissão Europeia não pode impunemente brincar com a lei, como tem feito”.
Fonte: Açoriano Oriental de 2 de Julho de 2005
sexta-feira, julho 01, 2005
Acontrapelos
Zig & Zag, agência de detectives, a flanquear-me os passos, ora dum lado ora doutro.
Bucha & Estica cada um com a sua dietética impossível.
Bausch & Lomb, um nome em cada lente e o "&" encavalitado no nariz.
E os que agem sozinhos, como Cantinflas ou Carlitos, quando querem provar-me que também podem desdobrar-se em muitos.
Rosário & António - os divinos!-mas sempre, um tacão para cada ouvido...
E as parelhas desavindas,separadas, nomes que se emparelham ainda na memória.
E tantos mais que geminam o erro e o acerto ou se fazem,afinal, complementares, para que a gente esqueça num o outro, culpe e desculpe os dois.
Alexandre O´Neil
Bucha & Estica cada um com a sua dietética impossível.
Bausch & Lomb, um nome em cada lente e o "&" encavalitado no nariz.
E os que agem sozinhos, como Cantinflas ou Carlitos, quando querem provar-me que também podem desdobrar-se em muitos.
Rosário & António - os divinos!-mas sempre, um tacão para cada ouvido...
E as parelhas desavindas,separadas, nomes que se emparelham ainda na memória.
E tantos mais que geminam o erro e o acerto ou se fazem,afinal, complementares, para que a gente esqueça num o outro, culpe e desculpe os dois.
Alexandre O´Neil
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