segunda-feira, junho 16, 2014

"Já conhecíamos uma proposta alternativa? Não?!"


Não há nada que saber, os diagnósticos estão todos feitos! “A economia açoriana precisa de ser mais competitiva e de criar mais emprego!” - La Pallisse não diria melhor.

Como é possível materializar este objetivo, é o verdadeiro “busílis” da questão e que deve verdadeiramente diferenciar o projeto de cada partido político. 

Tradicionalmente na vida política Açoriana, sobretudo ao nível da nossa oposição parlamentar, a crítica sobrepõe-se à propositura e o ataque pessoal prevalece sobre a discussão de ideias. É este o estado da nossa oposição parlamentar – bem enquadrada na definição de Einstein sobre as pessoas que discutem eventos e pessoas. 

Talvez por isso, para além da confiança que os açorianos têm no atual executivo regional, a oposição parlamentar tem vindo, sucessivamente, a piorar os seus resultados em eleições. 

Estarei a ser parcial? Reconheço que esta crítica me pode ser feita, pois sou do Partido Socialista e apoio o Governo dos Açores, mas factos são factos e constatam claramente o que afirmo. 

O Governo dos Açores desde que tomou posse, como é do conhecimento geral, tem implementado sucessivamente soluções e medidas que visam proteger as famílias e as empresas da austeridade, da crise e estimular o crescimento económico e a criação de emprego. São vários os exemplos destas soluções: Carta de obras públicas; linhas de crédito empresariais; Agenda para Competitividade e Emprego; novo Programa Operacional 2014-2020; Agenda Tecnológica para os Açores; programas de emprego e formação, o novo sistema de incentivos Competir +, entre outros – que comprovam, indiscutivelmente, a vontade e a capacidade do Governo dos Açores, liderado por Vasco Cordeiro, de intervir sobre esta matéria. 

Da nossa oposição não se conhecem alternativas. Aliás, tornaram-se especialistas em discutir as medidas do Governo, em vez de trazer ao debate as suas propostas. 

Relativamente ao PSD, não podiam ser mais paradigmáticos os sucessivos falhanços técnicos das suas propostas – como aquela que foi obrigado a retirar do parlamento, por ter percebido que tinha apresentado a prospeção de petróleo e de carvão como a solução para o desemprego nos Açores – revelaram-se traumáticos para o seu líder e para o seu grupo parlamentar que nunca mais arriscaram uma proposta concreta, com medo de se espalharem, outra vez, ao comprido, ao vivo e a cores no plenário. Aliás, chega a ser constrangedor, observar a fobia que têm ao concreto da propositura, resumindo-se ao partido da recomendação de generalidades ou do “mais um bocadinho”. 

É preciso termos novas empresas que criem emprego? - O PSD recomenda ao Governo que crie ninhos de empresas em todas as ilhas. Como? Isso é um problema – dizem eles - que diz respeito ao Governo e não à oposição, “nós apenas recomendamos”. 

O Governo aumenta o Complemento ao Abono de Família - O PSD acha que é pouco e propõe aumentar “mais um bocadinho”. 

Foi no debate sobre o sistema de incentivos à competitividade empresarial (Competir +) que mais se notaram as dificuldades da oposição. Este era o debate, por excelência, para se discutir os projetos e as ideias de cada partido político, para promover, na economia Açoriana, o aumento da produtividade e competitividade, a especialização, a criação de valor acrescentado, a capacidade exportadora da nossa economia e a capacidade para as nossas empresas criarem emprego. 

Da oposição, pouco ou nada se ouviu! Não apresentaram um único caminho alternativo! 

Do BE, acelerando o seu caminho para o abismo político, pouco se percebeu, para além de uma tentativa pueril de fazer um número mediático para as televisões; do PCP compreendemos o habitual ensurdecedor dogmatismo, e do PSD, o problema da “conformidade jurídica do diploma desvalorizar o poder legislativo”. 

É pouco para a oposição? É! 

É desqualificante para o debate político? Também é!

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