José Manuel dos Santos pegou numa folha branca e furada. De um lado escreveu: José. Do outro lado: Manuel. Pendurou um papel no candeeiro da sala, com fio de linha de ponto cruz vermelho. Deixou pendurado a 10 cm do chão. Por baixo do papel na alcatifa escreveu dos Santos.
Sempre soubera que o papel era dos Santos e que, por si, era só José Manuel. Desenhou um avião. Entrou no avião. Passaporte: José Manuel de Mais Ninguém.
- O Senhor não tem apelido, perguntou a hospedeira desenhada?
- de Mais Ninguém.
- Está bem, respondeu a hospedeira desenhada.
E o avião descolou...
...Quando a 1 de Abril dissera o mesmo na Frutaria ao Sr. Luís João Correia, o dono, este semi-cerrou os olhos, deu dois saltinhos à frente, dois atrás e gritou para a D. Maria Arlete Martins: está doido! E ela respondeu: varrido.
Foi por isso que José Manuel dos Santos os apagou desta história, um por um, varreu os restos, e desenhou um avião na parede. Dos Santos. Promessa.
2 comentários:
Extraordinário nonsense, 'massa'!
Faz um favorzinho à humanidade e escreve mais, piquiena do Amaro.. :)
Já tinha saudades do José Manuel dos Santos. A minha preferida é esta: http://ardemares.blogspot.com/2008/07/pintar-manta.html
Comove-me.
Beijos
Zé
Enviar um comentário