"E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando as vidas dos insectos..." Mário Quintana
terça-feira, dezembro 29, 2009
DEBAIXO D'ÁGUA
Já se viu pior, o homem bem se poderia ter lembrado de prometer uma rede metropolitana de superfície, com rotunda no Ilhéu das Formigas, para a circulação de pessoas e bens entre todas as ilhas açorianas.
Não sei se a fantasia terá tido inspiração nas célebres teorias sobre transportes públicos do deputado Jorge Macedo. O que sei é que com candidatos desses, de tamanha profundeza na bazófia, o PSD vai esperar sentado, e debaixo d'água, até ver a luz no fim do túnel.
Mau tempo nos canais
Foto roubada daqui
"(...)Castanheira Barros, candidato à liderança do Partido Social-democrata (PSD), defende a construção de dois túneis entre o Faial e o Pico e um outro desta ilha para S. Jorge (...)"
A União, 29/12/2009
Simples e possíveis
Agora, os dias correm em “sprint final” para a despedida de um ano velho e a entrada de um ano novo, que começará em Janeiro e terminará em Dezembro.
Esta coisa mecânica que é mudar de ano; estarmos em 2009 e de repente estarmos em 2010; ser ainda este ano e de repente passar para o ano que vem; passar de ano corrente para ano passado, num ápice, mesmo que involuntariamente, é esquisita.
De qualquer forma não deixa de ser, apenas, mais um Janeiro, entre tantos outros, ou mais um trinta e um de Dezembro, entre tantos trinta e uns, arranjados ou oferecidos…
Não gosto do trinta e um de Dezembro. Não tenho especial simpatia pelas passas, pelos foguetes e pelos festejos, obrigados a um cronómetro, que até parece, em muitos casos, ritmar sorrisos; passos e outros traços.
Janeiro é um mês como outro qualquer. O princípio de um ano é certo, mas apenas isso e mais nada. Momento de tirar as fitas, as bolas e as luzes das casas e das ruas e começar a preparar os elásticos para os narizes, os bigodes e os óculos postiços…
Seja como for este é o último texto que escrevo em dois mil e nove. Haverá quem nasça de novo, quem cumpra as tradições todas, coma as passas, salte para cima da cadeira, faça futurologia, leia o horóscopo, viva de acordo com essa espécie de mandamento.
Porventura serão mais humanamente saudáveis. Por mim 2010, que não é ano bissexto, chegará depois de mais um trinta e um de Dezembro.
Por mais ou menos igual, redundante ou até mesmo repetitiva que seja a frase e a própria esperança o que desejo, em fim de linhas, desta crónica, depois de duas semanas de interregno, é que, se puderem, vão tentando seguir o pensamento de Einstein que António Lobo Antunes citou numa das suas crónicas para a Revista Visão (a 5 de Novembro): “ Devemos fazer tudo o mais simplesmente possível, mas não mais simplesmente do que isso.”
Concordo. Sejam por isso simples e possíveis, em todos os momentos que se forem vivendo em cada dia 30 ou 31 (28 ou 29) de cada mês e nos dias anteriores, sobretudo…
segunda-feira, dezembro 28, 2009
Em viagem
Não tenho tido o tempo nem o descanso mental para dedicar a este livro o vagar de que ele precisa. Há poucos dias deram-me a ouvir uma música que quase o parece (digo eu) legendar, em certos momentos ou aos momentos a que cheguei. Das suas 494 páginas li umas 200. Parei os Cavalos e não os encontro, que é pior...De qualquer modo das minhas passagens preferidas do autor, na página 161, de "A Morte de Carlos Gardel":
"(...)- Quem é?
as pessoas olhavam para nós
na igreja através das corolas dos gerânios
(-Que interesse pode um garoto achar numa mulher desta idade?)
e o meu tio, didáctico, mostrando-me a fotografia de um senhor de brilhantina e lábios pintados, com um sorriso de anjo deposto
- o grande Carlos Gardel, ignorante
e apenas o álvaro, do outro lado da urna, enfiado numa gabardina idiota, apesar do calor, não reparava em mim nem se indignava, distraído, hesitante apatetado
(-Cuidei que gostava de ti, mas não gosto, sentia-me sozinho, é tudo)
a tirar fósforos e cigarros da algibeira, a aperceber-se que não podia fumar, a guardá-los de novo, a levantar-se do sofá e a debruçar-se para o gira-discos a fim de aumentar a intensidade da música
-Dá ideia que vamos morrer a cada nota, não é?(...)"
Não sei o que é que me deu para escrever isto no blogue. Há muito tempo que não me dedicava ao blogue. Mas, como ele é meu...pois é.
Bom ano.
sexta-feira, dezembro 25, 2009
quinta-feira, dezembro 24, 2009
terça-feira, dezembro 22, 2009
À Janela do Mundo
Imaginemos um país que, numa altura de conjuntura económica desfavorável, devido a uma crise global, conseguisse obter um crescimento real do seu PIB de 2,3 por cento, quando o resto dos países do seu espaço de referência apresentava crescimentos negativos ou estagnados.
Imaginemos, ainda, que este país apresentava um crescimento da sua economia em contra-ciclo com os restantes, criando mais emprego e conseguindo, no espaço de uma década, aumentar em 10 pontos percentuais a sua convergência para os mais próximos e em sete para os mais desenvolvidos.
Este país seria, imediatamente, apelidado de paradigma de sucesso económico, apenas comparado com as economias emergentes do mundo, que crescem a níveis muito superiores aos restantes países desenvolvidos, numa das alturas mais conturbadas das últimas décadas.
Mas imaginemos que, porventura, perante este cenário de crescimento, existia um editorialista ou um dirigente partidário que se atreveria a dizer que “estão totalmente a descoberto todas as consequências de uma estratégia que se tem mostrado adversa para o desenvolvimento dos Açores”. No mínimo, qualquer pessoa diria que este dirigente partidário estaria fora da realidade.
Abstraindo-nos desse país imaginário, chamo a atenção do leitor para a realidade nos Açores que é, afinal, essa, como o demonstram os números do Instituto Nacional de Estatística, relativos às Contas Regionais preliminares de 2008, publicados a 16 de Dezembro.
Segundo o INE, em termos reais, verificou-se em 2008 um aumento do PIB nos Açores, superior à média nacional, de 2,3 por cento. Mais: os mesmos dados indicam, ainda, que apenas mais duas regiões de Portugal tiveram uma variação real positiva – Madeira com 0,6 por cento e Centro com 0,5 por cento -, longe, portanto, do crescimento económico açoriano. Quanto à economia nacional ficou-se pelos 0,0%.
É verdade que os Açores estão a sofrer as consequências de uma crise sem paralelo nas últimas décadas, com o acréscimo do desemprego a ser a face mais visível desta realidade, mas estes números do INE confirmam que estamos a sofrer muito menos do que outras regiões do país. E isso é fundamental.
Nós crescemos 2,3 por cento. É um sucesso que resulta, simultaneamente, da adequação das políticas do governo e do espírito empreendedor dos açorianos, que resistem às adversidades e que crescem mesmo com elas. Parabéns aos Açores.
ORDENS
Apesar dos significativos incentivos financeiros, a esmagadora maioria das vagas abertas pelos centros de Saúde em 2008 e 2009 ficou por preencher. Os Açores precisam de 60 médicos e só vieram seis. Para contrariar a falta de médicos de família, a Região atribuiu 15 bolsas para internatos em Medicina Geral e Familiar, desde 2007. Mas este ano, no total do país, os jovens não revelaram interesse nesta especialidade”
Açoriano Oriental, 22-12.2009
“O novo curso de medicina da Universidade de Aveiro é contestado pelo bastonário da Ordem dos Médicos. Pedro Nunes em declarações à TSF estima que no futuro possa surgir desemprego entre os médicos.”
TSF, 15-12-2009
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Da Minha Esquina
É com algum regozijo que vejo o Governo da Republica aprovar a Proposta de Lei que consagra o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Como Deputado de todos os açorianos, sejam eles de qualquer raça, religião, credo, género, condição social ou orientação sexual, sinto-me na obrigação de republicar parte de um artigo meu, onde tento contribuir com a minha opinião, para o esclarecimento deste tema.
A questão do acesso ao casamento civil por casais de pessoas do mesmo sexo é eminentemente uma questão de respeito pelo princípio da igualdade. De facto, por muito que os opositores da consagração do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo se esforcem por procurar, não existe qualquer justificação para negar o acesso ao casamento civil que não tenha por base uma concepção discriminatória assente em preconceitos com origem homofóbica. O elemento essencial do debate passa pela existência de uma vontade livre e esclarecida de duas pessoas em celebrarem um contrato cujo regime vai regular parte significativa da sua vida familiar, e oferecer maior segurança à sua relação. Contra esta vontade livre e esclarecida, com efeitos apenas na esfera das duas pessoas que escolhem casar-se, não podem invocar-se as convicções filosóficas ou religiosas de qualquer estranho àquela relação, e muito menos pode o Estado acolher estas concepções: a sua estrita neutralidade no plano filosófico, ideológico e religioso assim o impõe.
Não há rigorosamente nada na orientação sexual de uma pessoa que impeça ou imponha a constituição de uma plena comunhão de vida com uma pessoa do mesmo ou de outro sexo. Apenas a vontade de estabelecer essa comunhão interessa. Apenas essa vontade deve ser critério para celebrar um casamento. Se há algo que a realidade revela é a existência dessa plena comunhão entre os milhares de casais de pessoas do mesmo sexo que fazem uma vida totalmente idêntica à vida conjugal de qualquer casal casado. A única diferença que se consegue apurar continua a ser, infelizmente, a recusa do Estado em conferir-lhes o mesmo tratamento que oferece à plena comunhão de vida constituída por casais do mesmo sexo.
È nossa obrigação terminar com anos de humilhação, de direitos ausentes, de liberdades reprimidas e desigualdades assumidas, a um grupo de pessoas cuja única pretensão é ser aceite como igual. A qualidade de uma democracia, mede-se não pela imposição das vontades de uma maioria, mas sim pela forma como respeita os direitos das minorias.
sábado, dezembro 19, 2009
sexta-feira, dezembro 18, 2009
INVEJOSOS
Ninguém, em consciência, nem o senhor Dunga, tem boca de abrir para três simpáticos futebolistas que trocaram a nacionalidade por uns toques na bola, sobretudo quando se sabe que embora desconhecendo um verso que seja de “A Portuguesa” os ditos cujos cantam de fio a pavio o hino dos “Feijão-Frade” e com isso ganharam mais quatro adeptos.
Trocar a nacionalidade por um chuto não é o mesmo que rasteirar a nação ou dar pontapés na pátria e não venha cá o senhor Dunga dizer que a selecção “A” do Brasil vai defrontar a “B” nos calores da África do Sul. Bocas dessas são pura inveja, uma afronta à globalização e uma patada em quem tanto contribuiu para o novo acordo ortográfico.
Fique o senhor Dunga sabendo que não é pelo fato se confundir com o facto nem pelo cacto virar cato e menos ainda pelo cágado deixar de ter acento que nós, outrora portugueses das descobertas, agora evangelizadores da globalização e orgulhosamente globalizados, não o mandamos catar.
Como prova da nossa inabalável fé na globalização e do nosso universal espírito estamos dispostos a remeter ao Brasil, sem retorno, o Prof. Carlos Queirós, o Dr. Gilberto Madail… e uns quantos alqueires de feijão-frade.
Invejosos!
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Imaginemos que…
Imaginemos, ainda, que este país apresentava um crescimento da sua economia em contra-ciclo com os restantes, criando mais emprego e conseguindo, no espaço de uma década, aumentar em 10 pontos percentuais a sua convergência para os mais próximos e em sete para os mais desenvolvidos.
Este país seria, imediatamente, apelidado de paradigma de sucesso económico, apenas comparado com as economias emergentes do mundo, que crescem a níveis muito superiores aos restantes países desenvolvidos, numa das alturas mais conturbadas das últimas décadas.
Mas imaginemos que, porventura, perante este cenário de crescimento, existia um editorialista ou um dirigente partidário que se atreveria a dizer que “estão totalmente a descoberto todas as consequências de uma estratégia que se tem mostrado adversa para o desenvolvimento dos Açores”. No mínimo, qualquer pessoa diria que este dirigente partidário estaria fora da realidade.
Abstraindo-nos desse “país imaginário”, chamo a atenção do leitor para a realidade nos Açores que é, afinal, essa, como o demonstram os números do Instituto Nacional de Estatística, relativos às Contas Regionais preliminares de 2008, publicados a 16 de Dezembro.
Segundo o INE, em termos reais, verificou-se em 2008 um aumento do PIB nos Açores, superior à média nacional, de 2,3 por cento. Mais: os mesmos dados indicam, ainda, que apenas mais duas regiões de Portugal tiveram uma variação real positiva – Madeira com 0,6 por cento e Centro com 0,5 por cento -, longe, portanto, do crescimento económico açoriano. Quanto à economia nacional ficou-se pelos 0,0%.
É verdade que os Açores estão a sofrer as consequências de uma crise sem paralelo nas últimas décadas, com o acréscimo do desemprego a ser a face mais visível desta realidade, mas estes números do INE confirmam que estamos a sofrer muito menos do que outras regiões do país. E isso é fundamental.
Nós crescemos 2,3 por cento. É um sucesso que resulta, simultaneamente, da adequação das políticas do governo e do espírito empreendedor dos açorianos, que resistem às adversidades e que crescem mesmo com elas. Parabéns aos Açores.
quinta-feira, dezembro 10, 2009
À Janela do Mundo
NÃO DIGAM QUE NÃO AVISÁMOS!
Durante a campanha eleitoral para as últimas eleições legislativas o PS/Açores avisou, por diversas vezes, que o PSD/Açores tinha pouca influência junto de Manuela Ferreira Leite para defender os interesses dos Açores no continente. Avisámos também que caso o PSD tivesse possibilidade e oportunidade, alteraria a Lei de Finanças Regionais (LFR) para dar mais à Madeira, não hesitando, para isso e se necessário, em prejudicar os Açores.
Sempre defendi que a actual LFR era justa para as Regiões Autónomas, pois, reconhecendo a ambas a necessidade de usufruírem da solidariedade nacional, diferenciava os apoios consoante as características e especificidades de cada uma. Parece-me óbvio que um arquipélago com nove ilhas, que se estendem ao longo de 600 quilómetros, deve ser apoiado de forma diversa da ajuda que é atribuída a um arquipélago com apenas duas ilhas, com a população praticamente toda concentrada na ilha da Madeira e, ainda por cima, situado a uma distância mais curta do continente que é a economia de referencia.
Volvidos 3 meses após a vitória do PS com maioria relativa, o PSD avança com uma alteração à Lei de Finanças Regionais que segue os nossos piores receios, sendo duplamente negativa: não só prejudica a realização do princípio de apoiar as regiões insulares ultraperiféricas no respeito pela diferenciação dos sobrecustos proporcionais às suas características territoriais, como inclusivamente implica uma redução anual das transferências para os Açores num valor estimado de 32 milhões de euros.
Embaraçado, o PSD/Açores tenta, à pressa, disfarçar nos Açores e não desagradar na Madeira e a Ferreira Leite. Decidiu dar parecer favorável à proposta de Jardim com a desculpa de que é má para os Açores agora, mas que vai tentar influenciar os deputados do PSD para a alterarem de forma a que a nossa Região não saísse prejudicada. Se não são o PS, o CDS e o PCP dos Açores a lutar pela nossa Região, os amiguinhos do PSD de cá e de lá já estavam afinados e afiados para nos espoliar. Com açorianos assim não precisamos de inimigos.
Poema em linha recta
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."
Álvaro de Campos
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Uma alternativa à chaminé!
sábado, dezembro 05, 2009
quinta-feira, dezembro 03, 2009
"À Janela do Mundo"
2010: Turismo com prioridades bem definidas
A crise que o sector do turismo atravessa a nível global e que, obviamente, afecta a nossa região, devido à recessão económica nos mercados emissores, representa uma responsabilidade acrescida para o Governo dos Açores. É nesse enquadramento que se apresentou, no Plano Regional para 2010, a política de investimento para o sector do turismo, assente em três grandes prioridades.
A primeira é o reforço da aposta na promoção do destino Açores, enquanto região com características únicas para o turismo de nichos. A sua natureza, o seu clima temperado, as actividades agregadas ao mar, a segurança, o vulcanismo e, a um segundo nível, os recursos termais, o golfe e o turismo de congressos, são produtos com valor acrescentado, elencados no Plano de Marketing Estratégico, que devem continuar a ser promovidos, enquanto “Marca Açores”, em parceria com os agentes promotores do sector. Esta divulgação da “Marca Açores” deverá, por um lado, promover a diversificação dos mercados emissores de fluxos turísticos (utilizando, as novas tecnologias enquanto meio de divulgação capaz de chegar a um leque mais variado de destinos e destinatários, como o mercado norte-americano e canadiano), e por outro lado, consolidar a nossa presença junto de mercados já estabelecidos, como o mercado escandinavo e continental através de acções de promoção tradicional, como campanhas publicitárias multimédia, participação em feiras do sector e noutros eventos de promoção que atraiam grande número de potenciais turistas.
Outra segunda prioridade é a de continuar a criar condições para o investimento na qualificação, diversificação e expansão da nossa oferta hoteleira, do turismo em espaço rural e do desenvolvimento dos recursos termais da nossa região, de uma forma sustentável, através do Sistema de Incentivos, SIDER, da valorização ambiental, do auxílio à construção de infra-estruturas de apoio ao turismo e no desenvolvimento de acções de animação turística que promovam o aumento da estadia média do visitante e requalifiquem a oferta.
A terceira prioridade da política de investimento vai no sentido de aumentar os fluxos turísticos e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros nas nossas ilhas, através da atracção de novos operadores para o mercado açoriano e do melhoramento das acessibilidades aéreas e marítimas.
O aumento do número de cruzeiros que atracam nos portos açorianos, a estabilidade e qualidade do transporte marítimo inter-ilhas e o desenvolvimento de novas rotas aéreas por um operador público ou privado, a preços verdadeiramente atractivos para os mercados emissores, constitui uma necessidade para o sector, já entendida pelos poderes públicos, mas, que deverá ser prosseguida quanto antes.
Cabe, também, aos “players” do sector serem mais empreendedores, procurarem a qualificação dos seus recursos humanos, aumentarem, melhorarem e diversificarem a sua oferta e, acima de tudo, terem a consciência de que os mercados emissores não se dirigem aos Açores apenas porque os desejamos. Parte deste trabalho de procura e negociação com operadores estrangeiros cabe igualmente aos empresários, tal como o fizeram, recentemente e em parceria com o Governo, relativamente ao mercado escandinavo.