"Costumo sair de casa no verão com chapéu de chuva. Vou-me esquecendo dele em vários lugares: no comboio, no barco, na biblioteca. Depois de me esquecer dele pela quarta vez, volto para casa, mesmo que o sol ainda se não tenha posto. Foi exactamente assim que cheguei atrasado à morte de um amigo."
Ruy Belo, "Esquecimento", in Homem de Palavra [s], editorial Presença, Lisboa, 1997, pp. 126.
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