Em 1996, o Partido Socialista dos Açores ganhou as eleições Regionais porque teve a capacidade de apresentar um projeto de mudança profunda na sociedade açoriana.
Era um projeto conjunto do Partido Socialista com a Sociedade Civil, que prometia, o fim do domínio partidário nos empregos e na economia, uma abertura da economia ao investimento privado interno e externo, a criação de um mercado interno através da melhoria das acessibilidades, a aposta na modernização dos sectores tradicionais exportadores, como sejam, a agricultura e as pescas, a criação de infraestruturas e de apoios específicos, em todo o arquipélago, por forma a tentar proporcionar, à partida, uma igualdade de oportunidades a todos os açorianos, quer estes vivam nas Flores ou em São Miguel, assumir o turismo como o terceiro pilar exportador da economia açoriana e proporcionar um Estado Social universal, que fuja da conceção da caridade, que evite a exclusão e promova a recuperação e reintegração do indivíduo de uma forma plena na sociedade em que vive.
Ninguém no seu perfeito juízo pode dizer que este projeto falhou. Tal como ninguém no seu perfeito juízo pode dizer que todos os objetivos traçados então, estão plenamente concretizados. O objetivo da promoção da igualdade de oportunidades não é concretizável num determinado momento, como seja a construção de um edifício que tem um término específico. Tal como um Estado Social universal é um objetivo qualitativo e não quantitativo.
Mas mesmo os Velhos do Restelo de então, que criticavam este projeto e que, curiosamente, são exatamente os mesmos que o criticam hoje, reconhecem à “boca pequena” que tivemos sucesso, que se deram largos passos para a concretização dos nossos objetivos e que hoje os Açores são uma Região muito diferente, para melhor, do que eram em 1996.
Mas estes dividendos serão suficientes para a afirmação de um novo projeto político do Partido Socialista, protagonizado por Vasco Cordeiro?
Não! Vasco Cordeiro, com a sua equipa, desde cedo percebeu que precisávamos de ir mais além, de melhorar objetivos antigos (que continuam atuais), como também preparar a nossa terra para os novos desafios que o presente e o futuro nos trazem.
Vasco Cordeiro percebeu que o ciclo da infraestruturação dos Açores está perto do fim e que nesta área, devemos, sobretudo, incidir a ação dos poderes públicos em investimentos que gerem retorno à economia, como sejam portos, aeroportos (melhoria das acessibilidades) e equipamentos de apoio às empresas.
Vasco Cordeiro percebeu, que a aposta nas empresas que produzem bens transacionáveis (para exportação e substituição de importações) deve ser feita sobretudo em áreas onde podemos competir pela ausência de concorrente direto ou em outras áreas onde a qualidade dos nossos produtos se evidenciem, passando pelos sectores tradicionais como a agricultura ou em sectores mais alternativos na área do conhecimento.
Vasco Cordeiro percebeu que num Governo liderado por si, a principal prioridade deve ir para a criação de emprego e a qualificação adequada dos seus ativos.
Vasco Cordeiro e o PS assumiram desde cedo, que o futuro dos Açores não pode passar ao lado do seu maior recurso: o Mar!
Vasco Cordeiro percebeu que um partido fechado sobre si, envelhecido, não conhece a realidade onde vive e ignora os problemas das pessoas. Não é possível ter sucesso quando os principais responsáveis de um partido, como acontece com o PSD, são políticos a tempo inteiro há mais de 20 ou 30 anos. Como também não é possível protagonizar um projeto de governo para as pessoas onde todos os protagonistas sejam inexperientes.
É importante apresentar uma equipa e um projeto credíveis para os Açores, com um misto de experiência, com juventude qualificada, aberta à sociedade civil em todas as áreas.
Enquanto o PSD e a sua líder se preocupavam com questões partidárias internas, há muito já resolvidas no Partido Socialista, Vasco Cordeiro recebia, para já, o apoio e o contributo de mais de 1000 independentes.
Empresários dos sectores tradicionais e da inovação, a maior parte dos agentes do sector turístico do Açores, artistas, professores universitários e do secundário, trabalhadores e dirigentes de IPSS´s, médicos, trabalhadores por conta de outrem, juntaram-se no sentido de dar o seu apoio e contributo ao projeto do Partido Socialista para a nossa terra.
Porque afinal, é assim que deve ser: uma ideia e um projeto de sociedade, feito com o contributo desta mesma sociedade!
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