"Desde que nos deixaste o tempo nunca mais se transformou
Não rodou mais para a festa não irrompeu
Em labareda ou nuvem no coração de ninguém.
A mudança fez-se vazio repetido
E o a vir a mesma afirmação da falta.
Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa
Nem se cumpriu
E a espera é não acontecer — fosse abertura —
E a saudade é tudo ser igual."
Daniel Faria, Explicação da Ausência, in "Explicação das Árvores e de Outros Animais"
1 comentário:
A saudade.
A porta que já não se abre daquela forma.
Os passos no corredor que teimamos em querer reconhecer.
A voz que não ouvimos.
Os cheiros.
A dor que salta no peito sem que consigamos controlar.
E do lado de fora parece que tudo ficou igual.
Enviar um comentário