quarta-feira, agosto 05, 2009

O POVO É QUE SABE

Éticas à parte, e a democracia resistirá ao facto de um ex-ministro, condenado agora a sete anos de prisão efectiva, se recandidatar ao cargo de presidente de câmara.
Resta saber se a justiça, na sua já difamada cegueira, suportará que o povo, ele que tanto sabe e tanto mal fala dela, se decida por um sentenciado na condução dos seus destinos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Ora aí está uma dúvida pertinente colocada quase sob a forma de pergunta retórica !
JNAS

Gui P. disse...

Bem vindo,já tinhamos saudades suas por aqui.

Eu disse...

Se o povo votar nesse ex-ministro, pois assim será.
Se for essa a vontade do povo, pois que assim seja.

Anónimo disse...

É mau que o ex-ministro se candidate, mas o pior é votar nele.
J.Pimentel

Gui P. disse...

O povo é soberano... para o bem e para o mal. E isso, infelizmente, é coisa que está esquecida.
O povo português já provou, inumeras vrzes, que quando é chamado.. diz presente.

Anónimo disse...

O povo continua soberano, embora uma vezes diga presente e outras ausente, como foi o caso das últimas eleições.

E. Raposo disse...

H. Galante,
é bom lê-lo novamente.

Se a lei permite será o povo a ter de decidir. E o voto será exactamente a manifestação da vontade.

Cresci com a noção de que o Voto é um dever, antes de ser um direito, de que o voto é a manifestação de vontade, da vontade de um povo.
Se a abstenção tomou as proporções elevadas de hoje deve-se também à vontade do povo.
Quando, hoje, debato a abstenção, no meu grupo de amigos, já sou um pouco mais tolerante (e isto até deixa-me angustiada). Porém, continuo a defender a obrigatoriedade do voto, não por arrogância mas por sentir um vazio de vivência democrática, de demonstração de vontade deste povo a que pertenço. Fico com a sensação de que nele já não há esperança.