Éticas à parte, e a democracia resistirá ao facto de um ex-ministro, condenado agora a sete anos de prisão efectiva, se recandidatar ao cargo de presidente de câmara.
Resta saber se a justiça, na sua já difamada cegueira, suportará que o povo, ele que tanto sabe e tanto mal fala dela, se decida por um sentenciado na condução dos seus destinos.
7 comentários:
Ora aí está uma dúvida pertinente colocada quase sob a forma de pergunta retórica !
JNAS
Bem vindo,já tinhamos saudades suas por aqui.
Se o povo votar nesse ex-ministro, pois assim será.
Se for essa a vontade do povo, pois que assim seja.
É mau que o ex-ministro se candidate, mas o pior é votar nele.
J.Pimentel
O povo é soberano... para o bem e para o mal. E isso, infelizmente, é coisa que está esquecida.
O povo português já provou, inumeras vrzes, que quando é chamado.. diz presente.
O povo continua soberano, embora uma vezes diga presente e outras ausente, como foi o caso das últimas eleições.
H. Galante,
é bom lê-lo novamente.
Se a lei permite será o povo a ter de decidir. E o voto será exactamente a manifestação da vontade.
Cresci com a noção de que o Voto é um dever, antes de ser um direito, de que o voto é a manifestação de vontade, da vontade de um povo.
Se a abstenção tomou as proporções elevadas de hoje deve-se também à vontade do povo.
Quando, hoje, debato a abstenção, no meu grupo de amigos, já sou um pouco mais tolerante (e isto até deixa-me angustiada). Porém, continuo a defender a obrigatoriedade do voto, não por arrogância mas por sentir um vazio de vivência democrática, de demonstração de vontade deste povo a que pertenço. Fico com a sensação de que nele já não há esperança.
Enviar um comentário