segunda-feira, agosto 18, 2008

Soneto à la minute

Transforma-se um José em coisa pouca
Anónima, sem nome e sem espinha.
Careca, gorda, magra, voz fininha.
Baixinha, meia-leca ou voz rouca.

E nela cresce a alma transformada,
Meia mascarada com poses de travesti.
Boneca de duas faces que chora e ri.
É coisa pouca, é José e não é nada.

Mas esta feia e grotesca criatura,
Que deixa o seu veneno onde passa
Tem sujos os sapatos, fraca imagem.

Morrendo só na praia, triste figura.
Não vira o disco e é bobo de praça
É tolo, é tanso, é ele: é um selvagem.


(baseado no Soneto de Luis Vaz de Camões: Transforma-se o amador na cousa amada)

4 comentários:

Anónimo disse...

Caguei-te Mariana!!!!

Viva a censura!!!!

Mariana Matos disse...

Lá está.

Anónimo disse...

Quando a inteligência não chega o frade descalça a "augusta sandália" e crava a ferradura.
José Medeiros

Anónimo disse...

Sei quem é esse "josé". Tá bom. Tá à lá minute. eh eh eh

Jeremias