sexta-feira, setembro 22, 2006

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"Parques Subterrâneos, esses desconhecidos"
"Os parques de estacionamento subterrâneos colocam em mim uma pressão a que não estou habituado. Quer seja pelas voltas a que estamos obrigados até chegarmos ao piso -15, quer seja pela sensação de estarmos a entrar em terreno desconhecido, leva-me a atingir ponto-nervoso. É bem verdade. Chego por vezes a sentir-me mal. Ora esse desconforto provém de mil e uma coisas, a que agora vos vou poupar, senão não saíamos daqui hoje.
A visita a um parque subterrâneo de estacionamento encerra em si (e em mim, muitas vezes) todo um ritual de terror que se apodera da minha pessoa.
Assim que ultrapassamos o nível -1, acredito piamente que a qualquer momento posso cruzar-me com Júlio Verne. Esta minha paranóia não costuma deixar um ambiente muito saudável no veículo em que me encontro, já que não me posso cruzar com ninguém com barbas brancas que desato a gritar JÚLIO, OH JÚLIO!!!
Por outro lado, se ultrapassamos o nível -2, acredito que o calor e sufoco que se faz sentir resultam da proximidade crescente ao manto, ao núcleo terrestre e ao aparente abandono da crosta terrestre. É então que atinjo aquilo que já denominei como ponto-nervoso. Fico com os olhos raiados e exoftalmia, ao mesmo tempo que evacuo com a frequência de um burro. Vejo magma, sinto gases (e por vezes eu próprio largo-os) e deixo de respirar.
Tudo isto termina quando me dizem que não tenho que contribuir para o pagamento do estacionamento no parque."

Por: AMAFAS
roubado
daqui

3 comentários:

Maria do Céu Rêgo-Costa disse...

Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! LINDO!!!

Francisco Costa disse...

Venha o Underground

Mariana já que agonias com o parque subterrâneo, aconselho-te vivamente a experimentares o auto-silo, que apesar de não ser novo também é uma obra muito gira...
Não percebo o que vai na cabeça da nossa autarca, no inicio havia uma teoria de que se criassem os parques de estacionamento na periferia para que depois as pessoas se deslocassem de mini-bus para o centro da cidade, assim teriamos uma cidade com menos carros e talvez mesmo sem carros.
Agora a teoria foi não sei para onde, mas a moda será fazer os parques no centro da cidade (é ao auto-silo na Rua do Castilho, é o parque no largo do Teatro, e no futuo o underground)e no dia da cidade sem carros fecham-se 300 mts de Avenida e ficamos todos contentes. Haja pachorra...

AMAFAS disse...

Obrigado! Sinto-me lisonjeado.