Mostrar mensagens com a etiqueta sem sentido. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sem sentido. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, abril 20, 2009

Touca de renda

Copo. Capa. Cepa. Cu(l)pa.
Mato. Mota. Meta. Ma(l)ta.
Rapo. Rapa. Ripa. Ro(u)pa.
Sapo. Sapa. Selo. Sa(l)ta.
Tira. Tiro. Tara. To(u)ca.
Pato. Pata. Peta. Pa(r)va.
Gato. Gata. Gola. Ge(s(to.
Pala. Pele. Pulo. Pu(l)ga.

Se a Pulga salta pelo mato.
E o sapo anda de touca na mota.
(Não há gesto que lhes valha).
A pulga é parva.
O sapo é gato.
A gata tem chapéu de pala.
A pata camisa de gola.
A sapa tem culpa...
...E tudo o resto é cá da malta:

A pulga salta. Desfaz-se num gesto. Parva. Enfia a touca. Parte para Malta. Assume a Culpa.
A mota não chega à meta. Perde-se no mato.
O copo cai. A capa abre-se. A cepa torta.
Rapa a ripa. Rapo?
Tira. Não tiro. A tara.
A pata é uma peta do pato.
O gato e a gata usam coleira na gola.
O boné de pala. Pu-lo ali.
Eu pulo aqui. A minha pele. Gato na meta
e

...Mata. Selo na carta. Selo no vidro.
A gola da pulga. Parva a gata...
...Salta e culpa.
Touca de renda. Roupa. Gola.

sexta-feira, março 27, 2009

Estória pequenina

arrumou o cão de cera no armário; desatou as asas da borboleta de plástico da varanda da cozinha; desprendeu os braços de esferovite do macaco da estante da sala; tirou os gatos de esponja de cima do sofá; arrumou as cobras de borracha numa gaveta; pôs no lixo as moscas de cartolina e as abelhas de massa; embrulhou os ratos de velcro, as panteras de cetim e as tartarugas de corda. e, por fim, enfiou todos eles num saco preto de lixo mais os coelhos de papel, as formigas de cartão e meia dúzia de galinhas de madeira. Limpa a sala, montou o baloiço. Agarrou num papel e escreveu: Fechado para balanço. Prendeu o papel na porta. Sentou-se no baloiço e tentou cumprir o papel.
Estava tudo arrumado. Só não havia silêncio, porque se esqueceu de meter no saco de lixo preto o relógio de cuco que dava as horas a cantar e assustava os bichos, ele incluído. Desistiu.