O caso sério que poderia ter sido a falta de apoio psiquiátrico a um doente durante o fim-de-semana no Hospital de Ponta Delgada revela que no braço de ferro entre o Governo Regional e a Ordem dos Médicos alguém se esqueceu da ética e da deontologia profissionais.
Quem se lembra de médicos em horas de prevenção às urgências a encher os bolsos nas suas consultas privadas, não deixa de pensar que em nome de um certo humanismo em desuso seria bem melhor aplicar o tradicional juramento de Hipócrates do que agir pela hipocrisia.
As ordens deveriam ser algo mais do que escudos protectores dos interesses profissionais.
4 comentários:
Absoluta e incontestável verdade. E até há uns quantos que na mesma clínica faziam privada quando no mesmo local deviam estar de banco na urgência pública. Claro que tudo isso até com meios públicos em proveito próprio e com o dinheiro dos contribuintes. Há vários tipos legais para dar nome a essa coisa no Código Penal.
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Coisa diversa é o Estado dizer que é social e não tem taxas moderadoras e depois não tem dinheiro para pagar a Saúde a que temos direito.
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Como é habitual um postal galante mas acutilante
JNAS
Meu caro JNAS, um comentário que nada tem de almeida.
Grande abraço.
Falta de moralidade e de valores a provocar a ruptura no nosso sistema de saúde.
Galante não poderia estar mais de acordo: "[...] onde está a ética e a deontologia[...]" daqueles em quem depositamos as nossas vidas nos momentos de maior fragilidade?
Beijos
E. Raposo,
Aqui no estaminé já havia saudades dos teus comentários.
Obrigado.
Bjs.
H. Galante
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