Desnorte Total
Nos últimos dois anos vimos assistindo a uma degradação evidente da gestão camarária em Ponta Delgada. Por incrível que pareça, aquele que era o exemplo da gestão social-democrata nos Açores tem vindo, progressivamente, a afundar-se nas tricas partidárias, na competição desenfreada e injustificada com o Governo dos Açores, nas medidas compulsivas e avulsas para encher jornais e na tomada de decisões erradas que podem comprometer o futuro do maior concelho dos Açores. Tudo isto porque a principal preocupação da Presidente da Câmara de Ponta Delgada não é desenvolver o seu concelho, mas sim, “assaltar o poder”, como dizem os seus correlegionários, nas próximas eleições regionais.
Os parques de estacionamento construídos sem lógica de planeamento, como o parque da avenida, a construção de avenidas novas, à pressa, que ou metem água ou não servem para absolutamente nada, como a estrada da rocha da relva, o museu de arte contemporânea, que será, imagine-se, o segundo dos Açores, cujo arquitecto com mais de 100 anos de vida se propõe, a peso de ouro, fazer um projecto de milhões igual a tantos outros seus espalhados pelo mundo, são alguns dos exemplos de que se anda a governar à vista em Ponta Delgada, apenas tendo em atenção o lucro mediático, esquecendo que o concelho tem problemas graves que devem ser o principal alvo da nossa atenção urgentemente.
Falo da desertificação do centro histórico, das centenas de edifícios devolutos, alguns em risco de desmoronamento, na zona que já chamamos a “cidade velha”, do comércio tradicional sem um plano de desenvolvimento sustentado pela Câmara, das freguesias da periferia que são autênticos dormitórios esquecidos pelo poder autárquico, sem equipamentos sociais, que servem apenas para contribuir para as receitas camarárias. Falo sobretudo, da ausência total de um plano de desenvolvimento sustentável. Hoje é impossível compreender quais as prioridades nas obras camarárias, o tipo de empresas que se pretende fixar no concelho ou sequer que meios financeiros terá o município disponíveis no futuro. Em suma, ninguém sem sectarismos consegue perceber o que se pretende para esta cidade nos próximos 10 anos.
Este desnorte completo na gestão do município, já foi percebido no interior do PSD, que chamou o Deputado José Bolieiro para Vice-presidente da Câmara para por “ordem na casa”. Infelizmente José Bolieiro, a quem reconheço seriedade e contenção, não conseguiu evitar que a Presidente de Câmara de Ponta Delgada voltasse a trazer à baila a ideia estapafúrdia de construir um bloco de apartamentos, que é também um centro comercial, que é também uma central de camionagem, com mais de 100 autocarros e que é também um grande e feio mamarracho, junto de uma zona que é indiscutivelmente um património da nossa região.
A edil de Ponta Delgada rotula os seus críticos de serem contra tudo o que anuncia e faz, independentemente do mérito da obra. Não me revejo neste comentário, pois muitas vezes defendi obras camarárias, como a do novo parque da cidade.
Mas se ser contra tudo é chamar a atenção dos erros gravíssimos que estão a ser cometidos na nossa cidade e que comprometem o desenvolvimento futuro do concelho, pois bem, não me importo nada de apanhar esse rótulo.
Nos últimos dois anos vimos assistindo a uma degradação evidente da gestão camarária em Ponta Delgada. Por incrível que pareça, aquele que era o exemplo da gestão social-democrata nos Açores tem vindo, progressivamente, a afundar-se nas tricas partidárias, na competição desenfreada e injustificada com o Governo dos Açores, nas medidas compulsivas e avulsas para encher jornais e na tomada de decisões erradas que podem comprometer o futuro do maior concelho dos Açores. Tudo isto porque a principal preocupação da Presidente da Câmara de Ponta Delgada não é desenvolver o seu concelho, mas sim, “assaltar o poder”, como dizem os seus correlegionários, nas próximas eleições regionais.
Os parques de estacionamento construídos sem lógica de planeamento, como o parque da avenida, a construção de avenidas novas, à pressa, que ou metem água ou não servem para absolutamente nada, como a estrada da rocha da relva, o museu de arte contemporânea, que será, imagine-se, o segundo dos Açores, cujo arquitecto com mais de 100 anos de vida se propõe, a peso de ouro, fazer um projecto de milhões igual a tantos outros seus espalhados pelo mundo, são alguns dos exemplos de que se anda a governar à vista em Ponta Delgada, apenas tendo em atenção o lucro mediático, esquecendo que o concelho tem problemas graves que devem ser o principal alvo da nossa atenção urgentemente.
Falo da desertificação do centro histórico, das centenas de edifícios devolutos, alguns em risco de desmoronamento, na zona que já chamamos a “cidade velha”, do comércio tradicional sem um plano de desenvolvimento sustentado pela Câmara, das freguesias da periferia que são autênticos dormitórios esquecidos pelo poder autárquico, sem equipamentos sociais, que servem apenas para contribuir para as receitas camarárias. Falo sobretudo, da ausência total de um plano de desenvolvimento sustentável. Hoje é impossível compreender quais as prioridades nas obras camarárias, o tipo de empresas que se pretende fixar no concelho ou sequer que meios financeiros terá o município disponíveis no futuro. Em suma, ninguém sem sectarismos consegue perceber o que se pretende para esta cidade nos próximos 10 anos.
Este desnorte completo na gestão do município, já foi percebido no interior do PSD, que chamou o Deputado José Bolieiro para Vice-presidente da Câmara para por “ordem na casa”. Infelizmente José Bolieiro, a quem reconheço seriedade e contenção, não conseguiu evitar que a Presidente de Câmara de Ponta Delgada voltasse a trazer à baila a ideia estapafúrdia de construir um bloco de apartamentos, que é também um centro comercial, que é também uma central de camionagem, com mais de 100 autocarros e que é também um grande e feio mamarracho, junto de uma zona que é indiscutivelmente um património da nossa região.
A edil de Ponta Delgada rotula os seus críticos de serem contra tudo o que anuncia e faz, independentemente do mérito da obra. Não me revejo neste comentário, pois muitas vezes defendi obras camarárias, como a do novo parque da cidade.
Mas se ser contra tudo é chamar a atenção dos erros gravíssimos que estão a ser cometidos na nossa cidade e que comprometem o desenvolvimento futuro do concelho, pois bem, não me importo nada de apanhar esse rótulo.