VERDADES
Uma campanha eleitoral é – espera-se! - um período em que os partidos aproveitam para apresentarem as suas ideias. Numa altura de crise internacional severa, que muito nos molesta, é importante sabermos, ao certo, no caso das eleições legislativas portuguesas, o que cada partido se propõe fazer nos próximos quatro anos.
Alguém já ficou a saber o que pensam fazer de diferente os partidos que constituem a actual oposição? Não. A sua preocupação é apenas a de passar a ideia de que os males do país são os males do governo, como se Portugal fosse o único país com problemas, como se outros países europeus não tivessem maior desemprego, recessões mais prolongadas e verdadeiras hecatombes como está agora a acontecer com a Finlândia.
Atacar o PS é a receita desses partidos. Para eles, o PS nunca diz a verdade e é responsável pelas consequências da crise económica e financeira internacional e pelo desemprego que daí adveio para o país. Para eles, detentores da verdade, o PS é a semente do mal e até favorece os Açores quando deveria favorecer a Madeira de Alberto João Jardim. Chegam mesmo ao ponto de dizer, que nos Açores há uma asfixia democrática, baseando-se num relatório da Entidade Reguladora da Comunicação Social, que “conclui” que a governação socialista é beneficiada na televisão pública face à oposição.
Afinal, a verdade sobre aqueles que dizem dizer a verdade é que, ao invés do que eles dizem, Portugal é dos poucos na União Europeia que apresenta sinais de retoma económica. A verdade é que o PSD nada diz sobre medidas para acelerar a recuperação económica. A verdade é que eles querem dar mais à Madeira em prejuízo da justiça para com os Açores. A verdade é que Ferreira Leite contemporiza com os ataques e insultos feitos na Madeira aos jornalistas. A verdade é que o incrível trabalho da Entidade Reguladora, de que fala o PSD, chega ao ponto de contabilizar como “notícia do Governo dos Açores” aquelas notícias que são críticas da sua actuação.
O Partido Socialista por seu lado, há mais de dois meses que apresentou o seu programa eleitoral. As suas prioridades são claras e precisas. Assentam no reforço do investimento público para fazer crescer a nossa economia empresarial e o emprego, apostam nas energias renováveis para diminuir a nossa dívida externa e para preparar o país para o futuro, e focam com especial atenção as políticas sociais, para que quem caia no desemprego tenha uma ajuda preciosa do Estado para poder ultrapassar esse período difícil da sua vida. São centenas de medidas concretas. E, no caso das autonomias e dos Açores o PS assegura que continuará a ser o que foi: o partido que nos apoiou na União Europeia para termos mais fundos, na Lei de Finanças para termos mais apoio e na defesa da autonomia para termos mais competências.
As opções são muito claras para os portugueses. As verdades são fáceis de descortinar.
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