sábado, maio 23, 2009

BRONCA

Antónimo Marinho Pinto é uma figura polémica. Já o era antes de ser bastonário da Ordem dos Advogados e agora, ao que parece, conquistou um protagonismo verdadeiramente inconveniente para a confusa teia da justiça portuguesa.
Deu bronca a entrevista de Manuela Moura Guedes a Marinho Pinto, no TJ de ontem da TVI. Às graves denúncias do bastonário contrapôs-se a habitual tentativa de julgamento e condenação praticada pela “pivot” da TV de José Eduardo Moniz.
Não sei se Marinho Pinto tem usado ou mesmo abusado do alto cargo que exerce para evidenciar a sua pessoa, através de uma certa comunicação social sempre sedenta de ver o país em ruínas e de profetizar a desgraça alheia. Mas a verdade é que o jornalismo de Manuela Moura Guedes tem preferido insinuar-se pela arrogância e acusação personalizadas do que informar pela imparcialidade, conforme recomenda a ética e a deontologia da profissão.
No duelo pela influência e pela exibição de poderes que a nenhum dos dois pertence, desta vez o julgamento foi mais favorável ao entrevistado do que à entrevistadora. Poderá a bronca até não ter sido justa, mas que foi pertinente…

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