Estávamos no meio de uma reunião, nada importante. Discutíamos a nossa ETAR e os investimentos necessários para 2009. A minha colega explicava algo que eu não estava a perceber e dirigiu-se à janela para apontar a estrutura em discussão. Quando chegou à janela começou, de repente, a guinchar e a pular, todas as suas partes a saltarem em diferentes direcções, como se tivesse descoberto o amante perfeito. Pensei que tivesse repentinamente enlouquecido, ou que um rato lhe tivesse subido pela saia acima, ou coisa assim. Depois guinchou, - Golfinhos! Milhões de golfinhos! -. Timidamente aproximei-me da janela e, believe it or not, não eram milhões mas eram muitos.
Foi muito agradável, assim do nada, estar, numa manhã solarenga de Janeiro, a testemunhar um “cardume” de golfinhos aos pulos e saltos. Num fechar de olhos, não estava num gabinete de trabalho mas sim num cruzeiro, e achei estranho a minha colega não estar de biquíni. Debruçados no varandim ficamo-nos consolando, até ao fim do espectáculo. Por fim a minha colega ficou de varanda a fumar um cigarro como se tivesse acabado de passar por uma experiencia singular e a nossa reunião deu-se por terminada.
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