A 11 de Junho, Mota Amaral, em plena Assembleia da República, durante a declaração de voto do seu Grupo Parlamentar disse: “(…) A Assembleia da República aceita agora as grandes linhas da proposta unânime do Parlamento Açoreano, reconhecendo legítimos o seu rasgo e ousadia, nomeadamente quanto à afirmação do poder legislativo regional. (…) um diploma inovador, que bem merece e recebe o nosso aplauso, havemos de falar de novo, quando o PSD recuperar a maioria, cá e lá!”.
A 5 de Setembro Mota Amaral em declarações ao jornal Açoriano Oriental, a conversa já é outra: "a Assembleia da República deve expurgar as normas consideradas inconstitucionais no novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, mas manter as que suscitaram reservas de "opinião" ao Presidente da República."
A 25 de Setembro: "O deputado do PSD Mota Amaral defende que a nova versão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, aprovada pelo Parlamento, tem uma norma inconstitucional sobre a dissolução da assembleia legislativa.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Mota Amaral acrescentou que está convencido de que a norma "vai cair". Nesse mesmo dia, "à saída do debate, Mota Amaral desmentiu o PS dizendo que subscreve a posição transmitida pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel." - a fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma. Um mês depois já não era bem assim: A 28 de Outubro: " Mota Amaral não compreende a necessidade de recorrer ao Tribunal Constitucional, como o PSD pretende, mas salienta que Cavaco tomou a decisão certa ao vetar o Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Mota Amaral acrescentou que está convencido de que a norma "vai cair". Nesse mesmo dia, "à saída do debate, Mota Amaral desmentiu o PS dizendo que subscreve a posição transmitida pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel." - a fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma. Um mês depois já não era bem assim: A 28 de Outubro: " Mota Amaral não compreende a necessidade de recorrer ao Tribunal Constitucional, como o PSD pretende, mas salienta que Cavaco tomou a decisão certa ao vetar o Estatuto Político-Administrativo dos Açores.
Hoje, depois das eleições regionais, mês de Novembro, sexto dia. Depois do PSD "de lá" ( que para Mota Amaral é o "de cá" não ter conseguido a maioria que então, em Junho, desejou recuperar), as palavras foram estas: "Apelo ao PS para que acabe com este braço-de-ferro que vem fazendo com o Presidente da República sobre esta matéria delicada que são os poderes presidenciais"...Não sei muito bem onde quer chegar Mota Amaral, deputado do PSD/Açores, na AR. Também não sei se pensa que o seu PSD "de cá" (que para ele é o "de lá") ganha seja o que for com isso. Anyway, malhas que o império tece. O império ou os santos. Sejam de quem forem, sejam pelo que forem, sejam quem ou o que forem...
Não me parece que Ferreira Leite lhe telefone.
3 comentários:
Isso é um caralho.
Mas alguma vez na sua longa vida política (de ainda antes do 25 de Abril), esta criatura a quem chama Mota Amaral - eu prefiro João Bosco, assenta-lhe melhor - alguma vez esta criatura defendeu os Açores ? Alguém se lembra ? Eu, não. Este indivíduo sempre obedeceu às ordens do seu PPD, borrifando-se se eram ou não vantajosas para os Açores. Servo submisso dos seus chefes Lisboetas. Mas sempre como grande defensor da autonomia. Uma treta ! Este homem, como ALGUÉM há muitos anos escreveu no Açoriano Oriental, serviu-se da sua posição de governante e de nós todos, para saltar para cargos mais altos. E conseguiu. Agora não me admira nada que como deputado à A.R. continue a obedecer às ordens dos seus chefes. Eles estão acima dos interesses dos Açores. Por isto tudo, discordo do seu último parágrafo do post. Ferreira Leite já lhe telefonou e até Cavaco também. E se calhar já estiveram todos a lanchar em casa uns dos outros ...
Das duas, uma: ou é Darwinismo ou involucionismo.
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