domingo, junho 17, 2007

Nota

As gaivotas traziam os cabelos compridos ao vento, enlaçados nas membranas de pianistas que, no Carnaval, entre as rochas, fingiam ser. Nos aquários, peixes bailarinos treinavam o passo da salsa, barbatana cá, barbatana lá e eu, escrevendo isto em Fevereiro de um ano qualquer, Domingo gordo, pensava nos palhaços todos deste mundo e do outro e nas farsas disparatadas, ocultas e quimicamente más que eles treinavam: gargalhada cá, gargalhada lá, como gorgulhos dentro dos pacotes de arroz sem prazo de validade, perdidos e sós.

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