Os críticos literários dirão que este não é um bom texto, porque escrito em cima do acontecimento e a quente quando as palavras, por várias razões, escaldam a ponta dos dedos e se embrulham nas curvas dos laços, que dão no papel, como abraços distribuídos com carinho, entre familiares. Não me importo. Assumido está o momento ou a circunstância que me leva a mudar de assunto. Não há ainda uma hora iniciara a nota de abertura para este jornal a falar da minha professora de literatura portuguesa, do seu cabelo encaracolado por baixo das orelhas pequeninas, onde trazia, tranquila e pacificamente, os auscultadores de música, quando decidi revirar o texto todo e começar de novo. Como num jogo de peças deslocadas pelas mãos dos jogadores invisíveis. (Gosto de pensar que são muitos os jogadores).
Hoje é o dia mundial do Teatro. Porque não hei-de eu experimentar? Quem sabe, actuar, rodar isto tudo, por a máscara, pintar a cara e saltitar? Afinal, a vida elabora-se (gosto do verbo elaborar) por ocasiões e acasos com forças várias e variadas, distintas. Isto mesmo mostrou-me, Sábado à noite, mais uma vez, o Zeca Medeiros, em “ A ilha de Arlequim”…
Os críticos literários dirão que este não é um bom texto, porque escrito assim, do “pé para a mão”, por várias e distintas circunstâncias. Eu, que não sou crítica literária, nem tenho pretensão de o vir a ser, digo apenas, que esta é a nota de abertura do Suplemento de Março, pelo qual me responsabilizo, por inteiro; que hoje, dia mundial do Teatro, eu não me importava nada de ser Arlequim e estar, algures, na ilha do Faial, a ouvir tocar, de preferência, o meu pianista.
Boas leituras.
Colaboram nesta edição do Suplemento de Cultura do Açoriano Oriental: António Marinho, Ernesto Rodrigues, Torquato da Luz, Paulo Simões, Rogério Sousa, Alexandre Pascoal e Eduardo Bettencourt Pinto.
2 comentários:
Balladur...a escrever sore Maquiavel?? uuuummmmmm
lê, que vale a pena.
Enviar um comentário