quinta-feira, janeiro 19, 2006

A minha homenagem a três mosqueteiros, todos diferentes, todos iguais ou o privilégio de testemunhar a certeza de um futuro presente.


Até posso estar errado. Não seria a primeira vez. Mas quero voltar à escrita blogosférica com uma homenagem aos três bloguistas que melhor escrevem e melhor desenvolvem os seus direitos e deveres de cidadania nestas virtuais assembleias regionais. Eles são, por tamanho e peso, o João Nuno Almeida e Sousa, o André Bradford e o Guilherme Marinho.

O João Nuno já eu conhecia há alguns anos e sempre lhe admirei as qualidades e defeitos. Foi, portanto, o que menos me surpreendeu. Tem na escrita, e penso que na vida, uma dependência queirosiana. Tudo o que não é perfeito lhe parece ridículo. Não passa no entanto de um lobinho mau que muito assopra, e destrói, as “casinhas” mal construídas por esses tantos porquinhos deste mundo, mas muito admira e respeita as construções que à sua frente descobre sólidas e firmemente construídas, mesmo que, lá de vez em quando, com blocos vermelhinhos.

O André, que conhecia mal e mal conhecia, parece, na sua escrita, e salvo a comparação, um elefante que consegue fazer um pino num cálice de vinho, e consegue mesmo deixar escapar um peido, sem a menor indicação de desequilibro, desperdício ou estilhaço, é de uma mastodôntica delicadeza, sem deixar de ser pão, pão, queijo, queijo, marmelada, marmelada, fiambre, fiambre, etc, etc, e um cigarrinho a seguir.

O Guilherme, é uma espécie marinha que eu não conheço de parte alguma, portanto em nada me surpreendeu, mas já muito admiro. Gentleman, na sua escrita, do género Phileas Fogg, parece uma raposa preparada, documentada e pronta para uma volta ao mundo em 80 dias, e eu, sem mesmo o conhecer e imaginando que, com um como ele, o poderíamos até fazer sem nunca levantar pé do que a Terceira tem de Açores e do que os Açores têm de Universal, segui-lo-ia com a confiança de um Jean Passepartout.

Nos três, mesmo, ou apesar de, não terem um programa de televisão, admiro o facto de escreverem no sentido universal do ser e não para se lerem a si próprios e para serem os primeiros a se aplaudirem, admiro a honestidade intelectual que transpira dos seus escritos e agradeço o respeito que demonstram para com quem se dá à leitura dos mesmos. Aprendamos.

Obrigado

14 comentários:

gm disse...

Caro Tózé,
preferia o insulto! O elogio acarreta responsabilidades a quem o recebe e vindo de quem vem sobrepesa! Oh que angústia verniana me trazes!!!
Sejas bem regressado e à tua escrita livre e, por isso, e com isso, bela...
A blogosfera açoriana hoje está certamente melhor!
Obrigado

Mariana Matos disse...

Pois está! Se eu soubesse que era preciso encontrar-te ao almoço, já o tinha feito há mais tempo. :)
Benvindo à nossa casa!

Nuno Barata disse...

Mais do que uma justa homenagem, este texto cheira a insulto encapotado.

Nuno Barata disse...

O teu problema, e o de muita outra gente, é que não é capaz de criticar com frontalidade. Isso acontece não por hipocrizia ou cobardia, mas também por isso. Contudo, acontece, essencialmente, por reflexo da V. própria falta de capacidade de encaixar uma critica directa e frontal. Em todos os teus elogios, está subjacente uma critica encapotada. E no comentário também está.

Nuno Barata disse...

Apesar disso, devo reconhecer que, ao menos, assinas os teus textos com o teu nome, isso já é um bom preságio.

JNAS disse...

...Caro Tózé não sei se tomo esta eleição como um encómio ou será um «insulto encapotado» !?!

...Entre ambos os caminhos que se bifurcam prefiro escolher o primeiro e agradecer a referência. Porém, muito mais do que isso gostaria de te ler mais vezes na blogoesfera...afinal de contas sabemos que também «andas por aí» nos comments e não só. Vê lá se postas mais vezes.
...
Literalmente, um grande abraço.

Mariana Matos disse...

oh querido primo, tinhas que ter dito que todos eram bons, os melhores, os mais...! Assim, já ninguém se ofendia!
Ou então não assinavas e todos deixavam da mão porque eras, apenas, mais um anónimo!!!
Venha o Diabo entender...eu não tenho paciência.

Mariana Matos disse...

E para que nada fique subjacente ou encapotado e não tenhas que perder muito tempo a analisar-me, NB, é claro, que isto é para ti.

Nuno Barata disse...

Estava a ver que te esquecias de o dizer. É que o teu primo ainda não foi capaz de o fazer.

Mariana Matos disse...

Costuma dizer-se que cada um enfia o barrete se quiser...

Clara Cymbron disse...

Era para barata e para o pedro, em boa verdade. Querida mariana até posso ser tua prima, mas prima desse senhor a que tu chamas primo não quero ser, nunca gostei de pessoas com mau fundo, talvez seja esse o meu problema...

Mariana Matos disse...

Opiniões todos temos. Eu a minha, tu a tua, o Tozé a sua. Quanto à família ninguém a escolhe. Quanto a mim, salvo raríssimas, excepções estou muito contente, tanto do lado materno, onde te incluis mais o Tozé, como do lado paterno...
Logo, posso até não concordar contigo, mas minha prima és.

Clara Cymbron disse...

O comentário não era só m relação ao texto mas cada um o interpreta como quiser...

Anónimo disse...

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