quinta-feira, janeiro 19, 2006

Leituras



“(…) Na verdade o relativismo sexual como princípio político é um logro. Homens e mulheres não constituem dois blocos separados. Por um lado, não se vota em função do sexo, mas dos interesses e da ideologia de cada um. Por outro, há muito menos diferenças entre um homem e uma mulher com o mesmo estatuto social e cultural que entre dois homens ou duas mulheres de meios diferentes. Contrariamente ao que se quis fazer crer, a diferença sexual é ínfima em comparação com a diferença social: a mãe desempregada com dois filhos não tem as mesmas prioridades que a mãe tecnocrata ou quadro de empresa. (…) A igualdade alimenta-se do igual, não do diferente. A paridade que apela para a igualdade na diferença é uma bomba de retardador. (…)”


Elisabeth Badinter, Caminho Errado, Edições Asa, 15ª edição, 2005.

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