"quando vieres não toques nas pedras
nos joelhos das casas na alma do pó.
vem como se a nudez te enroupasse
impuro nas palavras
tão nobre como asa partida.
ao passares pelo chafariz
não chegues o pote da tristeza
à bica do tempo.
as dálias e a coragem dão flor
mas não dão fruto.
( a ilha mete medo e nem estás triste...)
sacode a boca das sandálias
e não olhes para trás.
quem o fizer - disse-me ontem à noite
( havia brisa caranguejos musgo e outras lástimas da
ilha) uma gaivota - fica de pé como árvore
condenado a ver o mar e não poder partir.
as gaivotas não mentem"
ÁLAMO OLIVEIRA, Itinerário das Gaivotas, Sec.Reg.Educação e Cultura, Colecção
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