máscara que ri, máscara que chora
labirintico teatro, sorte caipora
boca de cena, teia, esquerda alta
um actor alucinado sob as luzes da ribalta
sereias,centauros,serpentes,
novelas de arame farpado
um diamante manchado
pelo sangue dos inocentes
a cada um o seu fado
quem virá prantear a triste vida do soldado?
ó triste madrugada
lágrima de fogo, incêndio, terra queimada
calor que arrefece os nossos corações
no palco vazio, um lamento
na mentira dos espelhos, um actor
um sincero fingimento
máscara que ri, máscara que chora
e agora?
Zeca Medeiros, in Torna-Viagem CD
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