quarta-feira, agosto 03, 2005

Pico

Pode escrever-se um poema com basalto
com pedra negra e vinha sobre a lava
com incenso mistérios criptomérias
e um grande Pico dentro da palavra.

Ou talvez com gaivotas e cigarros
cigarras do silêncio que se trilha
sílaba a sílaba até ao poema que está escrito
lá em cima no Pico sobre a ilha.


Manuel Alegre

"Roubado" daqui

6 comentários:

Caiê disse...

todas as manhãs o sol nasce ali por trás dele. cada qual tem o seu centro de mundo. o meu, já o encontrei.

Andre Bradford disse...

Isso é que é vida! Imagino, calhau, mar, sol e caldos de peixe.

frosado disse...

e aquelas magnifícas linguíças do pico...

Nuno Barata disse...

Eu cá não invejo nada disso. Não sou invejoso. Desfgruta bem esse Pico e essa poesia, que vêem aí dias de trabalho arduo.
Eu cá só vou de férias em Setembro.

carlos disse...

...muito bem roubado, o poema, só é pena é que andem a roubar também as legítimas aspirações políticas do seu autor.

Terceirense disse...

A salsicha, a linguiça com inhames, caldos de peixe... hummm, continua as férias de sonho. Beijinhos