"Destas ruas que afundam o poente
Há uma (não sei qual é) que percorri
Pela vez derradeira, indiferente
E onde, sem pressentir, me submeti
A Quem decreta omnipotentes normas
E uma secreta e rígida medida
Aos sonhos, às penumbras e às formas
Que destecem e tecem esta vida
Se para tudo há fim, há esquecimento
E um preço e nunca mais e última vez,
Quem nos dirá de quem neste aposento
Nos despedimos, sem saber talvez?"
Jorge Luis Borges
In Obras Completas II (O Outro, O Mesmo, 1964)
3 comentários:
...Mariana há um Outro Borges, O Mesmo, no Ilhas
Anda a ser descoberto nas tertúlias micaelenses?
(a maldade, a maldade dos felinos...) ;)
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