Diz o jornalista Mário Crespo que lhe disseram que o Primeiro-ministro e outros membros do governo terão dito palavras pouco abonatórias sobre a sua competência profissional e a sua actuação como jornalista.
A injúria, segundo diz Mário Crespo do que lhe disseram, terá decorrido num almoço entre os governantes. Não se sabe se a fonte foi o cavalheiro da mesa ao lado, a menina da caixa ou o empregado de mesa…Ao certo nem se sabe o que a fonte disse, nem se ela disse, mas se Mário Crespo diz que disse está dito e pronto.
A este diz que disse pretendeu o conhecido jornalista dizer de sua justiça pelo jornal do qual era colaborador, coisa que o respectivo director entendeu não dizer porque não teria confirmação do que teriam dito. Vai daí, Mário Crespo decidiu dizer pela TV do que lhe disseram sobre o que dele teriam dito os comensais do famigerado almoço e o facto é que disse, faltando apenas saber se o que ele disse terão mesmo outros dito e se disseram exactamente como ele diz.
Claro que Mário Crespo nunca disse mal do Primeiro-ministro nem nunca disseram tal coisa a Sócrates, até porque Mário Crespo não diz nem tão pouco almoça.
Digo eu, que a mim ninguém me diz, mas tal como Mário Crespo nada me impede de dizer que disseram, mesmo que não me tenham dito.
A injúria, segundo diz Mário Crespo do que lhe disseram, terá decorrido num almoço entre os governantes. Não se sabe se a fonte foi o cavalheiro da mesa ao lado, a menina da caixa ou o empregado de mesa…Ao certo nem se sabe o que a fonte disse, nem se ela disse, mas se Mário Crespo diz que disse está dito e pronto.
A este diz que disse pretendeu o conhecido jornalista dizer de sua justiça pelo jornal do qual era colaborador, coisa que o respectivo director entendeu não dizer porque não teria confirmação do que teriam dito. Vai daí, Mário Crespo decidiu dizer pela TV do que lhe disseram sobre o que dele teriam dito os comensais do famigerado almoço e o facto é que disse, faltando apenas saber se o que ele disse terão mesmo outros dito e se disseram exactamente como ele diz.
Claro que Mário Crespo nunca disse mal do Primeiro-ministro nem nunca disseram tal coisa a Sócrates, até porque Mário Crespo não diz nem tão pouco almoça.
Digo eu, que a mim ninguém me diz, mas tal como Mário Crespo nada me impede de dizer que disseram, mesmo que não me tenham dito.
9 comentários:
Que triste fado!!! Porque nivelas assim o meu país?
Onde andará a veracidade das coisas? No poder político ou num jornalismo denunciante de factos, que a nós povinos, nunca são nem possivelmente nunca serão devidamente esclarecidos?
É como uma linda guitarra de pau santo, com efeitos de madre-pérola que eu tento afinar, mas não consigo, porque tem uma escala torta.
Conheço bem essa sensação.
Quero afinar uma braguesa, que há muito tenho. A sua escala está torta, pois é certo que há muito o sei. Mas tento, sempre tento, desejando tirar dela aquele seu som tão característico. Se afino as cordas soltas, ao tocar desafina. Se afino pelo 5º traste, ao tocar desafina. De seguida dou por mim a pensar que a questão não estará na braguesa mas na tocadora. Depois, coloco-a no seu suporte, pego na Viola da Terra e tento suprir a falta do som metálico da braguesa, não é a mesma coisa (é certo), o seu timbre é diferente, e com a sua afinação muito característica. Por fim, e para aliviar a dor das cordas de metal, pego na guitarra clássica (com suas cordas de nylon) … saudade.
H. Galante, acho que era mais ou menos isto que eu queria dizer-te hoje.
E. Raposo, é sempre um enorme prazer ver-te por aqui.
...esta do quinto traste, dá para perceber que o Raposo não é leigo no assunto e tem razão. A comparação da braguesa com a nossa viola da terra está de 5 estrelas, e a escapadela para o clássico foi colossal.
Meu caro amigo, é claro que a questão não está na tocadora. o erro fundamental é sempre o mesmo: o braço está torto, mal fabricado, mal parido! Mas... há quem deixe crescer as unhas para fingir que sabe tocar nesta viola e convence meio mundo de que o instrumento está perfeito. E... O mais grave é que ainda é aplaudido. Pronto já disse!
Abraço e... também também tive um prazer enorme de o ver por aqui.
A respeito do post basta apenas ler aqui:
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Jos%E9%20Leite%20Pereira
Creio que no caso de Mário Crespo a questão reside mais na pretensão de esquecer a pauta para tocar de ouvido.
Abraço
Caríssimo E. Raposo
Li com atenção a pauta e até decorei alguns compassos:
"...por outro lado, a informação chegara a Mário Crespo por um processo que o JN habitualmente rejeita como prática noticiosa; isto é: o texto era construído a partir de informações que lhe tinham sido fornecidas por alguém que escutara uma conversa num restaurante..."
Esta de os jornalistas presenciarem "in loco" tudo aquilo que escrevem é a última grande novidade dete país. Por causa disto a polícia nem sequer chateou o tipo que me partiu o vidro do carro no outro dia e me roubou a aparelhagem. Dizem-me saber quem foi... Mas como eu não vi... Acabaram-se as fontes de informação neste país???
"...Lamento, apenas, a hora tardia (23 e 15 e não meia-noite como Crespo tem referido) a que o contacto foi estabelecido. O facto é que o texto só foi visto - como é normal no JN - à hora de fecho, na altura de a direcção dar o visto de bom à página; e, estando eu de folga, só tardiamente fui alertado por outro membro da direcção para o conteúdo do texto. Mas é outra prova de boa-fé: no JN os textos de Opinião são directamente encaminhados para as páginas." (???????)
Então??? Desta vez qual foi o galho???
..."Também já por cá ando há tempo suficiente para saber que alguns actores políticos, tendo poder, pressionam. Podem até ser perigosos e perseguir jornalistas."
Aaaahhhh! que engraçado!!! Não sabia!
Amigo Galante
Não é por um músico tocar de ouvido, que desrespeita a partitura. Possivelmente pode esquecer ou mesmo trocar alguma nota aqui ou ali, mas não irá certamente modificar a base ou a estrutura da melodia. O essencial está lá.
Abraços fadistas
Meu caro Alfredo. Antes de mais agradeço, sinceramente, os seus comentários e reconheço verdade no que diz.
Mas Como sabe,e bem melhor do que eu, a música de ouvido pode perfeitamente adulterar a partitura, esquecer a mudança de tom,os acidentes ao corrente, a alteração no andamento, fugir à cadência ou pior, inventar na melodia.
Sem qualque desprimor para os bons executantes de ouvido que conheci, a verdade é que tal como na política ou na arte dos sons,também no jornalismo não falta quem use o gira-discos como sendo seu instrumento de sopro.
Seja sempre benvindo.
Grande abraço.
Sr. Gago da Câmara,
tocar de ouvido é uma coisa, tocar pela partitura é outra completamente diferente (comecei pelo ouvido e acabei na partitura - meu pai sabia o que fazia) e nada mais tenho a acrescentar, pois aqui o H. Galante já esclarece qualquer dúvida.
H. Galante temos de formar um duo e sair por aí a tocar à desgarrada.
P.s.: Os meus comentários são no feminino (esta parte é para ser lida apenas pelo Sr. Gago da Câmara).
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