Um Plano para Açores
É impossível abrir um jornal ou a televisão sem vermos uma nova notícia sobre a crise internacional que atravessamos. Mais falências, mais desemprego, mais um indicador económico em mínimos históricos, as Bolsas de Valores sem credibilidade ou um país em risco de falência, já não espantam o cidadão comum e cada vez menos sustentam uma simples conversa de café. A grande novidade sobre o momento que atravessamos é que a crise internacional já tem nome. Chamam-lhe: A Grande Recessão
É no contexto da “Grande Recessão”, chamada assim pelo director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que cada organismo internacional, que cada país e que cada região faz o que pode para minorar os efeitos, da mesma, sobre as populações. Nos Açores, o Governo, tenciona utilizar o seu Plano e Orçamento para 2009, como instrumento de alavancagem da economia, para que os principais sectores de actividade, da nossa região, consigam suportar as ameaças do momento e aproveitar as oportunidades de investimento que surjam num futuro próximo.
Tendo em vista o relançamento da actividade económica, o Governo no P&O, para 2009, aumenta em 10, 1% o investimento público, consubstanciando, assim, a tendência de subida, do mesmo, nos últimos 4 anos, cerca de 60%, de onde se destacam, o reforço dos apoios à competitividade, ao desenvolvimento do turismo, à inovação tecnológica e aos transportes aéreos em cerca de 22,8%, 50,9%, 46,8% e 32,5%, respectivamente. Para combater, um dos nossos pontos fracos, o défice de escolarização da nossa população, sobretudo nos níveis mais elevados do sistema de ensino, o investimento proposto para 2009, nesta área, aumenta em cerca de 21,4%, tendo como principal enfoque, a melhoria das nossas infra-estruturas escolares e a continuação da aposta na formação profissional. E para reforçar a solidariedade e a coesão social, a proposta entregue no parlamento, aposta, entre outros aspectos, no aumento da igualdade de oportunidades, na promoção da aquisição e arrendamento de habitação e no aumento da incorporação tecnológica na área da saúde.
Apesar das críticas do PSD, que à pressa, lá arranjou uma ou outra proposta contra a crise, que para além de atrasadas temporalmente, ou não trazem nada de novo ou são ilegais, de acordo com a legislação comunitária, pondo inclusivamente, com essas medidas, as empresas açorianas em risco de perder apoios da UE, a proposta de P&O do Governo é sustentada e orientada para o futuro. É sustentada por umas finanças públicas saudáveis, sem endividamento directo contraído há mais de 6 anos apesar do contínuo crescimento do investimento público e das baixas de impostos. E é orientada para o futuro, porque combate a crise internacional não através de medidas desgarradas, mas sim através de políticas que atenuem os nossos pontos fracos e que promovam as nossas potencialidades.
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