terça-feira, março 31, 2009

BIZANTICES



Partindo do errado princípio de que a história autonómica se reduz a “umas bandeiras e alguns papeis”, o douto ex-presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Reis Leite, catalogou como “bizantina” a ideia de criação de um museu da Autonomia dos Açores.
Na visão prescrita do também ex-secretário regional da Cultura, enquanto a Autonomia é coisa do presente e do futuro os museus são algo que se referem ao passado.
Os museus não são, não podem ser, na suspeita concepção de Reis Leite, uma escola viva, participante e actuante no conhecimento da nossa história e, no caso concreto, da história da Autonomia dos Açores que, com certeza, vai muito além de bandeiras e papeis.
Para quem se queixa de que ninguém ama o que não conhece, outros argumentos e outras dores se calarão lá no seu íntimo contra a fundação de um museu da Autonomia em Ponta Delgada, a não ser que a vontade de contestar seja tão fútil como as questões teológicas das antigas cortes de Bizâncio.

8 comentários:

Carolina disse...

...até me custa a crer nas palavras do Dr. Reis Leite. Parece ser sempre um homem tão lúcido.

E. Raposo disse...

Realmente essas palavras não me soam como proferidos pelo Dr. Guilherme Reis Leite. Tenho-o como homem de cultura e ao serviço da mesma, como homem da autonomia e ao serviço da mesma.

Quero acreditar que isso foi um pequeno lapso, Só pode ter sido.

Trilobite disse...

Cá nada.
O homem não se quer ver num museu tão cedo!
Coisas do passado.
Passado já morreu.
Ele não.
Percebem?
E um museu de Antero de Quental?
Sempre foi mais influente que o senhor doutor Guilherme Reis Leite. Será que ele colou o drº ao nome dele? Tolices. Sou doutorado e não me andam a chamar por drº.
Mania das caganças.. Somos mesmo pequeninos.

TóZé disse...

Centro de intrepretação da Autonomia !!!

TóZé disse...

C.I.A:

Anónimo disse...

Nah, aquilo foi só uma peta antecipada do brincalhão do DR. Reis Leite

E. Raposo disse...

Passa no meu blog, pois tem algo para ti.

Anónimo disse...

Quanta honra,
Muito obrigado em nome deste Ardemares.
H. Galante